terça-feira, 11 de outubro de 2011

“PARA O MIGRANTE PÁTRIA É A TERRA QUE LHE DÁ O PÃO” (SC)













A cidade de Porto Velho vive hoje os impactos do avanço do capitalismo. Quando falamos do avanço do capitalismo estamos falando dos grandes projetos de aceleração do Crescimento – PAC, principalmente para a grande região amazônica. Aonde tais projetos chegam sem levar em conta os povos tradicionais, os indígenas, quilombolas, ribeirinhos e a própria floresta.
Tais projetos chegam e vão impondo uma nova forma de ser e viver na amazonas, sem levar em conta a riqueza humana e natural desta região. Mas tudo isso em nome do progresso – do desenvolvimento. Perguntamos-nos: Progresso para quem? Desenvolvimento para quem e para o que? As respostas dependem dos interesses dos grupos.
Outro fator que nos provoca a pensar e agir na defesa da vida é observarmos os milhares de migrantes vindos de toda região do país, sendo na sua maioria da região do nordeste do país. Estes vêem em busca de sobrevivência, em busca de pão, pão que os sustentam e alimenta seus familiares em seus locais de origem. São homens e mulheres que muitas vezes, corajosamente se colocam a caminho em busca de dignidade e do meio mais justo e honesto de serem incluídos neste sistema capitalista – ou seja, “vendendo sua força de trabalho”.
Ao chegarem se deparam com o trabalho duro, a saudade daqueles e daquelas que ficaram e os desafios de viverem em grandes grupos muitas vezes desconhecidos – anônimos.
Muitos buscam na fé a superação dos desafios e na esperança a certeza de vencerem cada dia a sua jornada e assim realizarem aquele sonho que os motivaram a sair e vir trabalhar em terras distantes. Outros, mais jovens não conseguem superar estes desafios e muitas das vezes busca sobreviver entregando as bebidas e outras formas de esquecer a dureza. Na verdade são vidas sacrificadas no altar da ganância do próprio capitalismo.
Ao andar pela cidade de Porto Velho, ruas, avenidas e praças podemos sentir e ver o quanto o “progresso” que não é destinando a todos e todas as pessoas mas tão somente a uma minoria que concentra em suas mãos o poder econômico, vemos trabalhadores que partem para mais um dia de trabalho mas vemos também seres humanos jogados pelas ruas, praças... lutando de uma forma ou de outra pela sobrevivência. Esta realidade tem aumentado muito são centenas e centenas de homens e mulheres vitimizadas por um sistema que exclui aqueles e aquelas que estão fora do mercado do trabalho ou não conseguiram se adaptar a dureza que é o trabalho nos canteiros de obras. Muitos destes não conseguem retornarem ao seu estado de origem restando assim às ruas e praças como sua casa comum.
Nossa missão enquanto pessoas comprometidas com a proposta do evangelho de Jesus Cristo é a defesa da vida dos mais pobres entre os pobres. Nossa missão é de ser igreja peregrina que para no meio do caminho, olha o irmão caído, cura suas feridas e o levamos conosco para cuidar dele. “Eu era migrante e tu me acolheste” (MT 25)

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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Falece em Guajará uma das "filhas de Dom Rey"



Dom Rei com uma jovem formada em Guajará Mirim.
Fonte: Arquivo da Diocese de G Mirim.
Corpo de pioneira da educação foi sepultado no sábado. escrito de Lucio Albuquerque, em tudorondonia.com.br. Guajará-Mirim - Foi sepultado no sábado, 1 de outubro, no cemitério "Santa Cruz", nesta cidade,o corpo da senhora Maria de Jesus Evangelista Assunção, falecida na noite de sexta-feira, aos 86 anos de idade. Viúva do agricultor Canuto Assunção, e mãe de seis filhos, era professora aposentada e fez parte do grupo de adolescentes que na década de 1930 passou a ser conhecido como "filhas de Dom Rey".

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domingo, 17 de abril de 2011

Atualidade do Guaporé

Esteve visitando as comunidades do Guaporé. As águas estão altas nesta época. Porém o arròs de pato já està soltando cacho. Logo a alagação vai remeter, diz o pessoal de lá. Entretanto as comunidades continuam resitindo, sobreviviendo. Pois ainda nenhuma comunidade quilombola do Guaporé tem titulado o território. Depois da Ação Civil Pública do Ministério Público Federal, um termo de acordo foi assinado entre a comunidade ICM BIO e INCRA. Porém a prefeitura e o estado ainda não aproveitaram a ajutorização para realizar novo equipamentos de infraestrutura i renovar as construções. O projeto de farinheira tocado pela RIOMAR com fundo de compensação do asfaltamento da BR 429 languidece, com as construções na metade e os maquinários abandonados. A mesma realidade para a farinheira de Pedras Negras. Aqui várias famílias estão abrindo sítios nos lugares ocupados tradicionalmente. As comunidades continuam a produzir farinha de água de excelente qualidade com o método tradicional. Apesar da falta de espaço para cultivo e o ataque na roça dos animais da floresta.

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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A poaia da Amazônia está sendo novamente procurada


A POAIA (ou poalha, ipeca, ipecacauanha, ou Cephaelis Ipecacuanha) é um arbusto nativo da mata atlàntica, do cerrado e da amazônia, que já foi um dos pilares da economia dos seringais. Os seringueiros trabalhavam na colheita de castanha no início de ano, partindo para a poaia e posteriormente, a extração da seringa no período da seca. A planta tem valor medicinal para tratamento de amebiase e outras utilidades, porém também apresenta importantes contraindicações.
Atualmente tem aparecido nova demanda comercial. Os membros da associação da comunidade quilombola de Pedras Negras, reclamam porém do baixo preço pago pelos atravessadores, que varia de 90 a 100 $R o kilo da raiz limpa e seca. Por outro lado, a poaia nativa foi intensamente explorada, estando em perigo de extinção.
Um comprador nos informa: "A POAIA, como é conhecida na região, só se pode exportar ou vende-la no mercado interno se for de manejo sustentável, com projetos aprovados pela SEDAM, porém ninguém ai se preocupa em fazer pelo correto, a Poaia é controlada pelos orgãos federais por ser DROGA, farmacológica (...) para comprar exigimos a nota fiscal e a GUIA GF3 que é dada pela SEDAM de PORTO VELHO, pois somente com esta é possivel o transporte da POAIA dentro do territorio nacional".


Existem estudos de cultivo que relatam que precisa de 30 plantas bem cultivadas é possível extraer 1 kg de raízes. Obrigado ao técnico da SEAGRI, Jesus Ribeiro, pela ajuda na pesquisa.

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