tag:blogger.com,1999:blog-44432098707470505992024-03-13T11:45:59.831-04:00O Rio GuaporéO BLOG DA PASTORAL FLUVIAL DA DIOCESE DE GUAJARÁ MIRIMDivino do Guaporéhttp://www.blogger.com/profile/16733427170788466300noreply@blogger.comBlogger52125tag:blogger.com,1999:blog-4443209870747050599.post-34029362218978891812014-03-06T23:27:00.005-04:002014-03-06T23:27:58.926-04:00Que tal devolver a navegação ao povo do Guaporé?<header class="entry-header"><div class="entry-meta" style="border-bottom-color: rgb(221, 221, 221); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; margin-bottom: 20px; padding-bottom: 20px;">
Publicada em 28 de fevereiro de 2014 e atualizada em 28 de fevereiro de 2014 as 15:32:32<br />MONTEZUMA CRUZ –<br /><br />Extinto o Serviço de Navegação do Guaporé (SNG), o primeiro governo civil após a ditadura militar criou e fez funcionar a Empresa de Navegação de Rondônia (Enaro), cujo destino foi semelhante ao de tantas empresas prejudicadas pela malversação de recursos.<br /><a href="http://avanguarda.com.br/wp-content/uploads/mamore.jpeg"><img src="http://avanguarda.com.br/wp-content/uploads/mamore.jpeg" /></a><br /><br />No passado, população do Guaporé valia-se dessas embarcações para chegar a Guajará-Mirim (M.Cruz/AVN)<br /><br />Durante muito tempo também funcionou no extinto território federal o Serviço de Navegação do Madeira, cuja sede situa-se na atual Delegacia da Mulher. Resultado: perda total, irrecuperável, para o lado mais fraco nessa história, os usuários.<br /><br />Pessoas simples e sem muitas posses formavam a clientela de passageiros das embarcações que subiam e desciam os rios Guaporé, Mamoré e Madeira, rumo ao comércio e aos hospitais de Guajará-Mirim e Porto Velho. Novas gerações de “beiradeiros” são hoje tão dependentes quanto elas, de um transporte à altura das necessidades de quem vive isolado na floresta da Amazônia Ocidental Brasileira.<br /><br />Antigamente, famílias eram transportadas das barrancas, vilas e ilhas dos rios desta região, desde Vila Bela da Santíssima Trindade (MT) a Guajará-Mirim, e daqui, a Porto Velho, Manaus, Belém, ao nordeste e ao sudeste do País.<br /><br />“Nos anos 1950 e 60, o estaleiro do SNG produzia balsas e batelões construídos com madeira ou chapas de ferro”, conta o acadêmico de letras e historiador Paulo Cordeiro Saldanha. “Naquele tempo os administradores públicos inventavam os meios, com criatividade, pertinácia, vontade e idealismo. Não se submetiam às dificuldades e faziam acontecer”, ele assinala.<br /><br /><br />Guajará-Mirim ensaia o apoio à volta do notável SNG, remodelado, com dirigentes responsáveis, viagens planejadas e manutenção de suas embarcações. Se os serviços funcionam bem no Acre e no Amazonas, porque não dariam certo também aqui? – é a indagação ouvida na cidade.<br /><br />Há promessas quase silenciosas para se debater o assunto novamente, em reunião pública que, no entanto, exigiria o compromisso das autoridades em obter recursos federais e aplicá-los corretamente. Um acordo diplomático e comercial com a Bolívia permitiria que o país vizinho também utilizasse a empresa.<br /><br />A Academia Guajaramirense de Letras e a Associação Cultural dos Filhos de Guajará-Mirim são autoras da mais recente reivindicação. Para essas entidades, Vila Bela da Santíssima Trindade (MT), Pimenteiras e Costa Marques (ambas em Rondônia) se beneficiariam tanto em períodos de enchentes, quanto em outros.<br /><br />Paralelamente, as embarcações garantiriam o abastecimento direto e integrado dos municípios de Nova Mamoré e Guajará-Mirim. Seria a tábua de salvação para o escoamento de frutas, hortaliças e grãos produzidos em distritos ao longo dos rios.<br /><br />Alguém pode pôr o assunto nas pautas da Assembleia Legislativa do Estado e na Câmara dos Deputados, em Brasília?<br /><br />MONTEZUMA CRUZ é jornalista na Amazônia Legal.</div>
</header><span class="fullpost">
</span>Divino do Guaporéhttp://www.blogger.com/profile/16733427170788466300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4443209870747050599.post-23644996291056519532013-03-26T10:44:00.001-04:002013-03-26T10:44:16.939-04:00QUILOMBO DO PIOLHO, RESISTÊNCIA AFRO NO VALE DO GUAPORÉ<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div id="titulos" style="margin: 0px; padding: 0px;">
Esta é uma homenagem à Teresa de Benguela, mas também às Marias, Tia Felicidade, Mariana Crioula, Zeferina e muitas outras quilombolas que lutaram heroicamente pela libertação do povo negro.</div>
<div id="titulos" style="margin: 0px; padding: 0px;">
<br /></div>
<div id="titulos" style="margin: 0px; padding: 0px;">
<strong style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">Aleks Palitot, publicado em <a href="http://newsrondonia.com.br/lerNoticias.php?news=30486">newsrondonia</a></strong></div>
<div id="titulos" style="margin: 0px; padding: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 14px;"><b><br /></b></span></span></div>
<div style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; padding: 0px 10px;">
<img border="0" height="296" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJUmJfD_ZKUoWl1M46TW11KOAwR0GnGG4xu5y8JbOwB2KgKn-NymYmC_pxgTPENEXlOOOtF4Gs8akIwiids4ARw3B6PTdVbVqTE-L1k2h2Db5a0KsaGbJF0uEUJS2IbMv8NwdqPz-6ERs/s400/9550dfe123246ea3003458f7101d029f.jpg" style="font-size: 14px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: center;" width="400" /></div>
</div>
<div id="textoConteudo" style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px; overflow: auto; padding: 0px 10px;">
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 15px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14px; margin: 0px; padding: 0px;">O Quilombo do Piolho era constituído por africanos e crioulos, índios e caborés, fugidos das Novas Minas das lavras de Mato Grosso, onde eram escravos. O reduto abrigava uma população de quase trezentas pessoas governadas por José Piolho, substituído, após a sua morte, por sua mulher Tereza, intitulada de Rainha Viúva.</span></div>
<div style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14px; margin: 0px; padding: 0px;">Esta é uma homenagem à Teresa de Benguela, mas também às Marias, Tia Felicidade, Mariana Crioula, Zeferina e muitas outras quilombolas que lutaram heroicamente pela libertação do povo negro.</span><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /> </div>
<div style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14px; margin: 0px; padding: 0px;">Teresa de Benguela foi uma líder do quilombo de Quariterê, no Mato Grosso, não se sabe se africana ou brasileira. Dizem que liderou um levante de negros e índios, instalando-se próximo a Cuiabá, não muito longe da fronteira com a atual Bolívia. Durante décadas, Teresa esteve à frente do quilombo, o qual sobreviveu até 1770, século XVIII.</span><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /> </div>
<div style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14px; margin: 0px; padding: 0px;">No período colonial e pós-colonial no Brasil, os quilombos, espaços de resistência de homens e mulheres negros, reuniam milhares de habitantes, dentre eles negros/as, indígenas e brancos pobres. Estes habitantes eram denominados de quilombolas ou mocambeiros. Estes termos aparecem na documentação desde o século XVI.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />O quilombo mais conhecido entre nós é o de Palmares, localizado na Serra da Barriga, em Alagoas. Este quilombo é considerado por muitos especialistas um “estado africano no Brasil”, por outros é considerado a “República de Palmares” devido sua extensão territorial. Seu líder Zumbi dos Palmares foi decapitado, no entanto a historiografia não sabe precisar ao certo como se deu sua morte.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 15px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14px; margin: 0px; padding: 0px;">O que sabemos é que Zumbi faleceu no dia 20 de novembro de 1695. Por isso, o dia da Consciência Negra é comemorado nesta data, com a finalidade de homenagear toda a população negra que lutou bravamente pela libertação do açoite, que liderou levantes em busca da liberdade e que construiu o patrimônio social e cultural brasileiro.</span></div>
<div style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px; text-align: center;">
<span style="font-size: 14px; margin: 0px; padding: 0px;"><img border="0" height="270" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWUjE22sdzV1XhlC6aZ8pDX4cvXhRDqMDjlJlqp7apZlMPByf5pXCLUAd0HXyil4H4Gx5tTWuQZGNp0P5jnZMTPJ_vD_gJMymNI3CxQzuyjsgxcsg2_1rKr62N02AKSZ5GnskB9zXUZWU/s400/quilombo.jpg" style="margin: 0px; padding: 0px;" width="400" /></span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 15px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14px; margin: 0px; padding: 0px;">As atividades dos Quilombolas se resumiam em caçar, pescar, derrubar mato, fazer roça, plantar e colher, criar aves, fabricar aves, produzir mel e guerrear com os índios cabixis, por causa de lhes roubarem as mulheres.</span></div>
<div style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14px; margin: 0px; padding: 0px;">O Governo Souza Coutinho, pressionado pela corte, exigia dos mineradores o aumento de produção, esta decaia por falta de braços para o trabalho. Os escravos africanos importados de São Paulo, São Vicente e do Rio de Janeiro, reduziam-se mortos pelas endemias, fugindo para as malocas de Chiquitos e Missões Espanholas ou sumindo simplesmente sem deixar vestígios.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 15px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14px; margin: 0px; padding: 0px;">O problema da falta de braçais se agravava, então em reunião promovida pelos proprietários de minerações e o Governador, ficou deliberado a organização de uma Bandeira para capturar os escravos fugitivos. As despesas seriam divididas entre os mineradores, o Senado da Câmara e o Governador. O comando da Bandeira foi dado ao Sargento-MOR João Leme do Prado, que escolheu como itinerário, as cabeceiras dois rios Galerinhas, Galera, Taquara, Piolhinho e Pedra, para alcançar o quilombo, tendo por guia um escravo aprisionado que, sob tortura, informara a existência do mesmo. A Bandeira era composta de mais de trinta homens. Cautelosa, deslocando-se vagarosamente, procurando pistas e sinais dos fugitivos, passou um mês para atingir as cercarias do quilombo. Aproximaram-se ao anoitecer, organizando-se em formação de leque, até cercar completamente o povoado, passaram a noite em suas posições, executando o assalto ao amanhecer, surpreendendo totalmente os seus habitantes, que apenas esboçam uma mínima reação, sendo mortos, feridos e aprisionados.</span></div>
<div style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px; text-align: center;">
<span style="font-size: 14px; margin: 0px; padding: 0px;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgglf_zUDjeK-S6zYJpiUGWZsqFoithijd3s6UbjMBGh4fVzZlULVQ2FCFW3sSWYNSPuWBCPc3JXvVkjWDbuonauChyPVSK8cc_HOZx3jYgHwS0uSUn2QtFZI82u26J3FF62p__5g6nzJM/s400/quilombo-dos-palmares.jpg" style="margin: 0px; padding: 0px;" width="400" /></span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 15px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14px; margin: 0px; padding: 0px;">Os homens foram concentrados em baixo de uma árvore, sob a mira dos bacamartes, os mortos enterrados, os feridos medicados e as mulheres possuídas pelos sertanistas, como recompensa e presa de guerra. A rainha Teresa de Benguela, após alguns dias, morria de inanição, pois indignada, deixou de se alimentar, ante os vexames, humilhações e desrespeito que fora submetida.</span></div>
<div style="margin: 0px; padding: 0px;">
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 15px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14px; margin: 0px; padding: 0px;">A Bandeira, após averiguar as redondezas em busca de ouro, regressou a Vila Bela, onde entrou triunfalmente, sendo recebida pelo Governador, altas autoridades e senhores e proprietários de minas. Após a cerimônia de tortura dos prisioneiros no pelourinho, o corte de uma das orelhas e marcações da letra “F”, na espádua, com ferro em brasa, os escravos foram entregues aos seus donos e à noite houve baile de gala nos salões do Palácio dos Capitães Generais, em regozijo pela vitória alcançada. Era o ano de 1770. O exemplo do bárbaro espetáculo não surtiu o efeito esperado, os escravos continuaram a fugir e novos quilombos foram organizados, entre os quais destacaram-se os Mutuca.</span></div>
<div style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14px; margin: 0px; padding: 0px;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Aleks Palitot</strong></span></div>
<div style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14px; margin: 0px; padding: 0px;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Historiador reconhecido pelo MEC pela portaria n° 387/87</strong></span></div>
<div style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14px; margin: 0px; padding: 0px;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Diploma n° 483/2007, Livro 001, Folha 098</strong></span></div>
</div>
</div>
<span class="fullpost">
</span></div>
Divino do Guaporéhttp://www.blogger.com/profile/16733427170788466300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4443209870747050599.post-35432783615592584882012-11-29T12:37:00.003-04:002012-11-29T12:37:17.804-04:00El quilombo rebelde y la defensa de la alimentación amazónica<div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<b><u>OTRAMERICA<u></u><u></u></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 5.75pt; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; border-bottom-color: rgb(204, 204, 204); border-bottom-width: 1pt; border-style: none none solid; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; padding: 0cm 0cm 6pt;">
<div class="MsoNormal" style="border: none; line-height: 10.95pt; margin-bottom: 0.0001pt; padding: 0cm; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: 1pt none windowtext; color: #77ab1f; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 7.5pt; padding: 0cm;">miércoles 28 de noviembre de 2012</span></b><span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 7.5pt;"> </span><span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 7.5pt;">El último tramo del río Iténez nos muestra dos nuevas formas de vivir en la amazonia sur unidas por dos elementos básicos en la alimentación ribereña. La de un quilombo aún en lucha por sus tierras que vive de la venta de farinha hecha de forma tradicional. Y la de los trabajadores-cuidadores del proyecto de conservación de la tartaruga amazónica, la principal fuente de proteínas en esta época para los habitantes del río.<u></u><u></u></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;">Por</span><span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;"> </span><span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;"><a href="https://mail.google.com/mail/u/1/h/18m2b9iiqs96l/?&v=b&cs=wh&to=tierrasbajassudamerica@gmail.com" style="color: #0000cc; outline: 0px; text-decoration: initial;" target="_blank"><span style="border: 1pt none windowtext; color: #98ca3c; padding: 0cm;">Pedro González del Campo</span></a><u></u><u></u></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;">Nuestra llegada a Santo Antonio, en las orillas del Guaporé (del lado brasileño), la hicimos escapando de la embestida de una tormenta, que unida al humo del incendio que asola la controvertida R<strong style="outline: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; padding: 0cm;">eserva Biológica del Guaporé</span></strong>, tiene un aspecto acobardador para cualquier navegante.<u></u><u></u></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="outline: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">Santo Antonio</span></strong><span style="font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;"><span style="color: #444444;">, el </span><a href="http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Ftierrasbajas.wordpress.com%2Fvocabulario-basico-de-ribera%2F&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHb7my6tnyTCu16GqiC-GHS8eQhXg" style="color: #444444; outline: 0px; text-decoration: initial;" target="_blank" title="Quilombo"><span style="border: 1pt none windowtext; color: #98ca3c; padding: 0cm;">quilombo</span></a><span style="color: #444444;"> brasileño más pequeño en el que hemos estado, </span><strong style="color: #444444; outline: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; padding: 0cm;">tiene una historia de resistencia y un presente de perseverancia por conseguir la titulación de la totalidad de su territorio comunitario, que fue expropiado por la creación de la Reserva Biológica do Guaporé en 1982</span></strong><span style="color: #444444;">. Josep Iborra Plans, de la </span><span style="color: #990000;"><b><a href="http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.cptnacional.org.br%2Findex.php%2Fnoticias%2F12-conflitos%2F743-acordo-sobre-o-territorio-quilombola-de-santo-antonio-do-guapore-em-rondonia&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNE0ZJ9ducT8xN8PxuTWBFNto3TE_g" style="color: #0000cc; outline: 0px; text-decoration: initial;" target="_blank" title="Comissão Pastoral da Terra"><span style="border: 1pt none windowtext; padding: 0cm;"><span style="color: #990000;">Comissão Pastoral da Terra</span></span></a> (CPT)</b></span></span><span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;">, una de las caras más activas de la Comisión, quienes hacen un tremendo trabajo de control de los derechos humanos en el estado de Rondonia, escribe acerca de Santo Antonio y su historia para situarnos en dónde nos encontramos:<u></u><u></u></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;">[...] <em style="outline: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; padding: 0cm;">El problema territorial de la localidad ribereña </span></em>(Santo Antonio)<em style="outline: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; padding: 0cm;"> se arrastra desde 1982, cuando en Rondonia, en la frontera con Bolivia, fue creada la Reserva Biológica do Guaporé, ocupando los territorios de la comunidad de Limoeiro, en el Río San Miguel, y de la comunidad de Bacabalzinho y Santo Antonio, en el Río Guaporé. </span></em><strong style="outline: 0px;"><i><span style="border: 1pt none windowtext; padding: 0cm;">Después de que la reserva biológica comenzó a ser implementada, en 1986, los agentes ambientales del antigua STF se comenzaron a presentar, armados, para desalojar a las familias que vivían en el interior de la reserva. Solamente las familias de Santo Antonio do Guaporé conseguirán resistir y permanecer en la zona</span></i></strong><em><span style="border: 1pt none windowtext; padding: 0cm;">.</span></em> [...]<u></u><u></u></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="outline: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">La comunidad estaba en situación precaria, en territorio registrado como de propiedad del Ibama </span></em><span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;">(Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis)<em style="outline: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; padding: 0cm;"> y dentro de una Reserva Biológica, o como dicen, una Unidad de Conservación de Protección Ambiental Integral (REBIO), siendo que </span></em><strong style="outline: 0px;"><i><span style="border: 1pt none windowtext; padding: 0cm;">en este tipo de unidades de conservación está prohibida cualquier actividad humana, a excepción de investigaciones y estudios</span></i></strong><em><span style="border: 1pt none windowtext; padding: 0cm;">.</span></em> [...]<u></u><u></u></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="outline: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">Esto significó un problema para la comunidad, que fue viendo todos sus derechos y su supervivencia amenazada por la Reserva, tanto que </span></em><strong style="outline: 0px;"><i><span style="border: 1pt none windowtext; color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">el Ibama, responsable de la unidad, pasó a considerar a los moradores de Santo Antonio como invasores de la misma</span></i></strong><em><span style="border: 1pt none windowtext; color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">, dentro de la propia comunidad donde nacieron y criaron a sus familias.</span></em><span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;"><u></u><u></u></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<em><span style="border: 1pt none windowtext; color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;"><br /></span></em></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="outline: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">La vida de los habitantes de Santo Antonio estuvo sujeta al buen entender o a las arbitrariedades del jefe de la unidad de conservación que toleraba la existencia de la comunidad y restringía poco a poco todas las actividades, pues legalmente "no se podrían ni criar gallinas dentro de la unidad". Ni que decir de las actividades agrícolas, la caza y la pesca que se vieron completamente restringidas, </span></em><strong style="outline: 0px;"><i><span style="border: 1pt none windowtext; color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">siendo obligados los habitantes a vivir y trabajar en la clandestinidad</span></i></strong><em><span style="border: 1pt none windowtext; color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">".</span></em><span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;"><u></u><u></u></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<em><span style="border: 1pt none windowtext; color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;"><br /></span></em></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="outline: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">La situación legal de la comunidad solamente comenzó a cambiar después de superar la nueva amenaza de desalojo de la Rebio do Guaporé, en 2003, y conseguir el reconocimiento por la Fundação Palmares como comunidad quilombola, con el Certificado de Autorreconocimiento Étnico del 16 de abril de 2004. </span></em><strong style="outline: 0px;"><i><span style="border: 1pt none windowtext; color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">Santo Antonio fue la primera comunidad quilombola reconocida en Rondonia</span></i></strong><em><span style="border: 1pt none windowtext; color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">.</span></em><span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;"> [...] <em style="outline: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; padding: 0cm;">Hoy son siete las comunidades quilombolas reconocidas en la región: Forte Príncipe da Beira, Santa Fé, Comunidade de Jesus, en el Río São Miguel, Santo Antônio, Pedras Negras, Rolim de Moura do Guaporé y Laranjeiras.</span></em> [...]<u></u><u></u></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="outline: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">Ya en 2011 se falló en el caso a favor de titular parte de las tierras a Santo Antonio, con el caso aún abierto de recuperación de los terrenos de uso tradicional de la comunidad</span></strong><span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;">: <em style="outline: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; padding: 0cm;">La demarcación del territorio de la comunidad quedó paralizada durante años entre la propuesta del INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), que defendía el derecho a 41.600 ha y la propuesta del ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) de apenas 3.495 ha.</span></em><u></u><u></u></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;"><em style="outline: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; padding: 0cm;"><br /></span></em></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="outline: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">El MPF (Ministerio Público Federal) defendió la inmediata titulación del área de 3.495 ha (sin perjuicio del resultado final de la controversia sobre el total del territorio) y el derecho de participación de la comunidad en las sesiones de arbitraje que debate el territorio de la comunidad.</span></em><span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;"><u></u><u></u></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="outline: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;"><br /></span></em></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;">Hoy en día En Santo Antonio encontramos una comunidad humilde y trabajadora, que puede salir a pescar tranquilamente en su territorio, y que -como nos muestra Don Armando- pueden cultivar variedades de mandioca en terrenos de cultivo propios que les sirven para dar vida a la Casa da Farinha (la <a href="http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Ftierrasbajas.wordpress.com%2Fvocabulario-basico-de-ribera%2F&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHb7my6tnyTCu16GqiC-GHS8eQhXg" style="color: #0000cc; outline: 0px; text-decoration: initial;" target="_blank" title="Farinha"><span style="border: 1pt none windowtext; color: #98ca3c; padding: 0cm;">farinha </span></a>es el acompañamiento de casi cualquier comida en esta parte de la amazonia).<u></u><u></u></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="outline: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">Aquí se produce una de las farinhas más preciadas de todo el río, ya que está hecha con el método tradicional</span></strong><span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;">. Método que lleva más de 6 horas de torrada manual para un saco de 30 kilos, más los dos días de fermentación de la misma sumergida en el río, un día de prensado y su tamizado para quitar impurezas. Un trabajo del que fuimos testigos y que culmina en la torrada de la farinha a las 3 de la mañana, trabajo que se demora hasta las 12 del mediodía para completar un saco.<u></u><u></u></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 7.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="outline: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">Conservación de una indispensable</span></strong><span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;"><u></u><u></u></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="outline: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;"><br /></span></strong></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;">Con la amabilidad propia de las comunidades quilombolas que experimentamos en la orilla brasilera nos metimos de nuevo al río, y a los pocos días antes de llegar a Costa Marques (nuestro destino final a remo) nos encontramos con los simpatiquísimos trabajadores del proyecto de conservación de la Tartaruga (<em style="outline: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; padding: 0cm;">Podocnemis expansa</span></em>) en el Río Iténez.<u></u><u></u></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="outline: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">La playa de tartaruguinha es el lugar elegido por más de 15.000 tartarugas para criar este año 2012</span></strong><span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;">. Llegamos justo a tiempo para colaborar en el trabajo de los vigilantes (bolivianos y brasileños) y que son todos moradores de la TCO Itonama o de los quilombos cercanos. Su trabajo consiste principalmente en estar atentos a los posibles furtivos que quieren aprovechar esta época de desove, en la que las tartarugas salen a solearse para madurar antes los huevos de su interior, para hacer negocio en poblaciones cercanas como Costa Marques con gran demanda comercial. Y en estar presentes en las últimas horas del desove diario para ayudar a aquellas tartarugas que, exhaustas, tratan de volver al agua tras poner unos 130 huevos de media de los que apenas una mínima cantidad llegarán a adultos.<u></u><u></u></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="outline: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">La razón fundamental por la cual está considerada en peligro de extinción, al igual que muchas otras especies de vertebrados de la Amazonia, se atribuye principalmente a la caza comercial, que en algunos lugares se efectuaban desde la época de la conquista</span></strong><span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;">. Según la lista mundial más reciente de especies de vertebrados amenazados de la UICN (Groombridge, 1993), P. expansa se encuentra clasificada en situación de peligro de extinción. (<a href="http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fotramerica.com%2Fespeciales%2Fel-blog-la-ruta%2Fel-quilombo-rebelde-la-defensa-la-alimentacion-amazonica%2Fwww.otca.org.br%2Fpublicacao%2FSPT-TCA-VEN-63.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFh-hxBmnunUf5XaP2eKOu_GC55Zg" style="color: #0000cc; outline: 0px; text-decoration: initial;" target="_blank"><span style="border: 1pt none windowtext; color: #98ca3c; padding: 0cm;">Biología y manejo de la tortuga Podocnemis expansa</span></a>, 1997).<u></u><u></u></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;">La tartaruga es para los moradores de estos ríos, comunidades y quilombos (que viven en incomunicación por tierra y en gran sintonía con su medio), una de las principales fuentes de proteínas durante la época seca. Es por esto que <strong style="outline: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; padding: 0cm;">playas como la de Tartaruguiña, son vitales para la supervivencia de los habitantes del río y para el equilibrio natural del mismo</span></strong>.<u></u><u></u></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;">La presencia de estos animales en el río tiene una importancia para sus moradores (humanos y no humanos) como la presencia de peces en los mares. <strong style="outline: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; padding: 0cm;">Son el sustento alimenticio de miles de familias en una amplia época del año, ejercen un trabajo de dispersión de semillas fundamental para diferentes especies vegetales y sirven de alimento para muchísimas especies de aves, peces, mamíferos y reptiles</span></strong>. Una posible extinción o merma considerable de estos animales supondría un desequilibrio inmediato. Así, por ejemplo, se vería un aumento de la caza de otras especies terrestres o no, que en este periodo tienen su momento reproductivo y que gracias a la presencia de la tartaruga como alimento principal no se ven tan presionadas y que garantizan el alimento en otras épocas.<u></u><u></u></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 7.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;">Encontramos una sociedad ribereña (rural) con una mayoría de gente consciente de los lugares buenos para su captura, y de dónde conviene no adentrarse para que puedan reproducirse y asegurarse el recurso en el futuro, aunque no siempre depende de ellos la conservación de su medio.<u></u><u></u></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="outline: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;">Fin de etapa</span></strong><span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;"><u></u><u></u></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="outline: 0px;"><span style="border: 1pt none windowtext; color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt; padding: 0cm;"><br /></span></strong></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 7.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;">La experiencia de movimiento autónomo en el río nos deja con la sensación de haber alcanzado un acercamiento más personal a las comunidades, y con la alegría de haber podido realizar un sueño que se planteó desde que el momento en el que tocamos el río Paraguay.<u></u><u></u></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 14.25pt; margin: 0cm 0cm 7.5pt; outline: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #444444; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt;">Llegamos a Costa Marques. Fin de etapa a remo y donde pasamos varios días antes de intentar bajar hasta Guayaramerín por el río Iténez y el bajo Mamoré.</span></div>
<span class="fullpost">
</span>Divino do Guaporéhttp://www.blogger.com/profile/16733427170788466300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4443209870747050599.post-11112619357374024002012-11-06T18:59:00.000-04:002012-11-06T18:59:50.327-04:00O Guaporé em Junho 2012<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikdWvjesdKeV4ETAeoonK6ckocdTIvKYw0ClQJjEWItY0RI-rzRRqljywcTJljNKJl058mBLIyYUW9-yjy_2i_anFm0vLQAqQ1e0_ri-tefTV5inFHDE67w2e3IPZJwkk92Q7JmJ4Wxl0/s1600/P1010057.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikdWvjesdKeV4ETAeoonK6ckocdTIvKYw0ClQJjEWItY0RI-rzRRqljywcTJljNKJl058mBLIyYUW9-yjy_2i_anFm0vLQAqQ1e0_ri-tefTV5inFHDE67w2e3IPZJwkk92Q7JmJ4Wxl0/s1600/P1010057.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Por do sol em Santo Antônio do Guaporé. </td></tr>
</tbody></table>
Em Junho estivemos no Guaporé, com o Padre Edmilson, pároco de Costa Marques, visitando as comunidades de Santo Antônio do Guaporé, Versalles, Pedras Negras e Mateguá.<br />
<br />
Como fazia meses que não recebiam viositas nem atendimento, a desolação nas capelas era bastante grande, porém eles resistem no seu estilo de vida tradicional. Abaixo, o Célio de Pedras Negras, nos mostrou como se faz uma cerca para a horta, rachando tabocas, para impedir a entrada das galinhas do terreiro. Eles não precisam comprar e trazer de longe uma cerca de arame.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjrj0Mff3j2bjx5I6P5y2MR8O8Q5UkIxevMVnOXM8MZ39_uEQ7NWtD7NTELgjnV6l7BsaBWfVnnZCkvK6yi4aTZpPNh5I-tf1Qzdbp9Q_rS-2jLpldxBiTBsY3AJgrJnIo9UaJCVugUZY/s1600/cerca+para+horta+sem+arame1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjrj0Mff3j2bjx5I6P5y2MR8O8Q5UkIxevMVnOXM8MZ39_uEQ7NWtD7NTELgjnV6l7BsaBWfVnnZCkvK6yi4aTZpPNh5I-tf1Qzdbp9Q_rS-2jLpldxBiTBsY3AJgrJnIo9UaJCVugUZY/s1600/cerca+para+horta+sem+arame1.JPG" width="239" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Construção tradicional duma cerca para horta, sem arame. </td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEif16pwWwT8-rawcom1itaIbfBOl5fdtsQdYs8Fs6US5jsQQAXouffvGFsmS-Ybwurf3XSD75gpa1vMo12mF7W3TXGsG4OO0PmawJEihv8SRNJdLjyL1j2Nylon77ZMMPOrCRC-T5nGHrI/s1600/cerca+para+horta+sem+arame2.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEif16pwWwT8-rawcom1itaIbfBOl5fdtsQdYs8Fs6US5jsQQAXouffvGFsmS-Ybwurf3XSD75gpa1vMo12mF7W3TXGsG4OO0PmawJEihv8SRNJdLjyL1j2Nylon77ZMMPOrCRC-T5nGHrI/s1600/cerca+para+horta+sem+arame2.JPG" width="239" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O construtor é o Célio, morador de Pedras Negras.</td></tr>
</tbody></table>
Algumas das capelas precisam de cuidados urgentes de restauração. A majestosa igreja de Sãso Francisco de Pedras Negras já está programando o trabalho para estar pronta para a próxima festa do Divino, de 2013, que terá a sede na localidade.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwPmbvnORHz8XfIGEmn4ioev4BM3uPM3oDVT1sGPOzWknPx2Ww5kMEfsl6rDO0HttUTO4TcKZlXjsMrC9czTDXBNoG5KbXWNZwbeSw4XcRHHZ-jk6chQjvrxcTjjxK6TsvvY5BMkywcxo/s1600/Igreja+pedras+negras+julho+2012.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwPmbvnORHz8XfIGEmn4ioev4BM3uPM3oDVT1sGPOzWknPx2Ww5kMEfsl6rDO0HttUTO4TcKZlXjsMrC9czTDXBNoG5KbXWNZwbeSw4XcRHHZ-jk6chQjvrxcTjjxK6TsvvY5BMkywcxo/s1600/Igreja+pedras+negras+julho+2012.JPG" width="239" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Igrejas de Pedras Negras.</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXTD6Bv2iApxX33aEH11-mLxew1o0uXNxaNsLCO67ottVmn4Fwn0Ja0mGaJ1iWZVuRb81SkB36KqDd0jbc4kT32hE5rsAMnymR9mr4aURZfshSnRSkGMagKA121hgGAMgtrjnuVyyWrlw/s1600/Capela+de+santo+Ant%C3%B4nio+do+Guapor%C3%A9.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXTD6Bv2iApxX33aEH11-mLxew1o0uXNxaNsLCO67ottVmn4Fwn0Ja0mGaJ1iWZVuRb81SkB36KqDd0jbc4kT32hE5rsAMnymR9mr4aURZfshSnRSkGMagKA121hgGAMgtrjnuVyyWrlw/s1600/Capela+de+santo+Ant%C3%B4nio+do+Guapor%C3%A9.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A Igrejinha de Santo Antônio precisa também com urgência trocar as táboas, ou construir as paredes com material.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUFojwTLzc7Pq9s8HAhwoM_uhDjINeiKREONsl8v1oVhccvUk5zCMJmUBXgFszFXJ9CTcCq6XavdI0q15vtuhtO4dL-zwIl2IKJizgVyOuQj8r4rnmtV_pnrjAAgVi4D8lMNagY4pips0/s1600/Crian%C3%A7as+em+rede.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="194" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUFojwTLzc7Pq9s8HAhwoM_uhDjINeiKREONsl8v1oVhccvUk5zCMJmUBXgFszFXJ9CTcCq6XavdI0q15vtuhtO4dL-zwIl2IKJizgVyOuQj8r4rnmtV_pnrjAAgVi4D8lMNagY4pips0/s1600/Crian%C3%A7as+em+rede.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">E não falta a criançada a crescer e manter vivo o futuro.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPdq0dYBnrPZJhr3MpEXmSFx-0rAXgkCJbToIklbn8R4XFLDCm1KPpthpjFW5YWEvlHrxtaywTZcQNJ-SAIABvMNh_eupAboRLyZJYwtLljy4VMhK3ggrcm6DECkWWekGY3PVyYTGZXnU/s1600/barco+dom+roberto.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="199" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPdq0dYBnrPZJhr3MpEXmSFx-0rAXgkCJbToIklbn8R4XFLDCm1KPpthpjFW5YWEvlHrxtaywTZcQNJ-SAIABvMNh_eupAboRLyZJYwtLljy4VMhK3ggrcm6DECkWWekGY3PVyYTGZXnU/s1600/barco+dom+roberto.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Víctor, piloto do barco, e o Padre Edmilson, diante do Dom Roberto, que mais uma vez navegou pelo Guaporé com a Equipe da Pastoral Fluvial.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5DTnihePn-lwz-gii_PQdKRmHuRrFFM90UEmyJYgEiQqOhdAA9WzdEorhCBUWtxyPYrS0J_hzwqz65V84_ZLh_Ytqpz21TA6bklfEApeljh8q2FsoTS4IPkICTlKr_Vn1eRzJ5VPfc9A/s1600/P1010021.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5DTnihePn-lwz-gii_PQdKRmHuRrFFM90UEmyJYgEiQqOhdAA9WzdEorhCBUWtxyPYrS0J_hzwqz65V84_ZLh_Ytqpz21TA6bklfEApeljh8q2FsoTS4IPkICTlKr_Vn1eRzJ5VPfc9A/s1600/P1010021.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Majestoso e bolo, o rio Guaporé aguarda tempos melhores para o atendimento. A próxima visita da equipe de Costa Marques está programada para o mes de dezembro, que deve acontecer a Festa de Nossa Senhora da Conceição em Pedras Negras. </td></tr>
</tbody></table>
<br />
<span class="fullpost">
</span>Divino do Guaporéhttp://www.blogger.com/profile/16733427170788466300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4443209870747050599.post-83565926784725582062012-11-06T18:55:00.001-04:002012-11-06T18:55:48.012-04:00O Rio Guaporé e as comunidades quilombolas e bolivianasDesprés de força mesos he pogut tornar al Riu Guaporé. La conca del Guaporé neix al Mato Grosso i desemboca al Riu Mamoré, aquest al Madeira i després de milers de quilòmetres, finalment a l'Amazones. Estem en plena època de pluges el riu ha pujat set o vuit metres de nivell, com és normal en aquesta època. Quasi a tot arrreu les aigues han inundat els boscos de ribera dels marges, formant els "igapós", els boscos formats per arbres resistents a les inundacions de cada any. El nivell de les inundacions puja més o menys segons les pluges de cada any. La crescuda de les aigües i la pujada o baixada del nivel de les aigües del riu aquí forma part de les converses habituals, com aquell que parla del temps.<br />
<br />
<br />
<br />
Entre la varietat de plantes flutuants o adaptades a aquesta pujada i baixada de les aigues, com l'aguapé o tarope, i la tabacana, que els seringueiros utilitzaven per fumar, hi ha una varitat d'herba coneguda com arròs d' ànec. L'herba va creixent i allargant-se al ritme de la pujada del nivell de les aigües. Diuen la gent de la regió que si l'herba para de créixer i les aigües la cobreixen, la planta mor. Però l'arròs d'ànec sap conèixer quan el riu parará de créixer i aleshores floreix i grana semblant a l' arròs. Per a la gent quan l' arròs d' ànec para de créixer i grana és un senyal clar que l'aigua ja no pujarà més amunt. Com la planta ho coneix, això és un misteri de la naturalesa.<br />
<br />
<br />
<br />
Un igapó, bosc inundat. <br />
<br />
A les poques illes de terra ferma, que no s' inunda, és on es concentra la població, les comunitats riberenques. Però molts dels indrets on antigament hi havia les col.locacions, o casa de "seringueiros", avui estan abandonats. La majoria de les famílies que encara viuen aquí són d'origen afroamericà. descendents dels antics esclaus portats de l' Àfrica pels portuguesos, que havien treballat a les mines d'or de Vila Bela, a les capçaleres del Guaporé, o a la construcció del Forte Prícipe da Beira. Ben aviat el Guaporé es va convertir en un espai on els antics esclaus fugien i aconseguien viure en llibertat: eren les comunitats quilomboles. La més famosa del Guaporé fou la del Riu Piolho, que va enfrentar durants anys el poder dels portuguesos, essent liderada per una dona: Tereza de Benguela. Quan l' or es va esgotar a Vila Bela, els blancs van fugir de la regió, endémica d'algunes malalties conegudes com a "màculo" o "corrupção". Tan sols els negres i els indígenes van restar a la regió, on van anar arribant antics esclaus de tot el Brasil en busca de llibertat. <br />
<br />
<br />
<br />
Casa de la comunitat quilombola de Santo Antônio do Guaporé <br />
<br />
Avui dia set comunitats han aconseguit el reconeixement oficial de comunitats remanescents quilomboles, i fa alguns anys la majoria estan tramitant la titulació definitiva dels seus territoris tradicionals: Laranjeiras, Rolim de Moura do Guaporé i Tarumá, Pedras Negras, Santo Antônio do Guaporé, Santa Fé i el Forte Príncipe da Beira. Tan sols la Comunitat de Jesus, del Riu São Miguel, ha rebut aquest títol complint els drets reconeguts per la constitució brasilera. Bona part dels problemes de les comunitats és que van ser creats parcs naturals a la regió, sense que fossin tinguts en compte els drets dels seus habitants tradicionals: Laranjeiras està dins del Parc Estatal de Corubiara, Santo Antônio dins de la Reserva Biològica del Guaporé, i Pedras Negras dins d'una reserva estrativista.<br />
<br />
<br />
<br />
Aquesta realitat contrasta amb les comunitats bolivianes de l'altra banda del riu. El Guaporé és un riu de frontera, baixant el riu a l' esquerra és Bolívia i a la dreta Brasil. Pels bolivians, el Guaporé rep el nom de Riu Iténez. I al marge esquerra bolivià també és una regió de parcs naturals. Més amunt el Parc Natural Noel Kemp, aquí el Parc Integrat de l' Iténez, que combina força bé els drets de les comunitats indígenes, com els itonames de Versalles i de Mateguà, amb la conservació d'aquestes meravelloses i extenses àrees fluvials del Guaporé. <span class="fullpost"> </span>Divino do Guaporéhttp://www.blogger.com/profile/16733427170788466300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4443209870747050599.post-19258198227448195572012-11-06T18:55:00.000-04:002012-11-06T18:55:34.501-04:00A irmandade do Divino<div style="text-align: justify;">
<span class="fullpost">13/04/2012 · A Irmandade do Senhor Divino Espírito Santo do Vale do Guaporé e Dionisio Faustino, Presidente do Conselho Geral, agraciados com a Ordem do Mérito Marechal Rondon</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
A informação e fotografias são de Beto Bretanha, incansável digulgador da rande tradição de Rondônia.</div>
<div style="text-align: justify;">
Dionisio Faustino, Presidente Geral das Irmandades, mostra a homenagem recebida pelas Irmandades. </div>
<div style="text-align: justify;">
Uma das mais justas homenagens que já se viu nestas Terras de Rondon foi a outorga da Ordem do Mérito Marechal Rondon, a maior honraria que este Estado presta a pessoas e entidades que contribuem ou contribuíram para o desenvolvimento do Estado de Rondônia por meio da religião, por sua coragem, ou através da economia, política, cultura e história à Irmandade do Senhor Divino Espírito Santo , na pessoa do seu Presidente do Conselho Geral, Dionísio Faustino. A comenda tem como ícones a Cruz dos Templários, a efígie de Rondon e o contorno estelar do Real Forte Príncipe da Beira, representando a fé, a coragem e a história sobre os quais se assentou o desenvolvimento e o progresso na região.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUNL-Y0Gf1A4gimBNk9dWBZsUGUU5Ujc9fOXxvw9T2lwR4AdyhR2UQCw9I62_jQ9jMu_kpa72coYhpwvRMQ4MuOXuQpNwolS_1S6MDdx247vUYWDrtxCBuea81lYYEvQAfojwuxXltfyk/s1600/dionisio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" mea="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUNL-Y0Gf1A4gimBNk9dWBZsUGUU5Ujc9fOXxvw9T2lwR4AdyhR2UQCw9I62_jQ9jMu_kpa72coYhpwvRMQ4MuOXuQpNwolS_1S6MDdx247vUYWDrtxCBuea81lYYEvQAfojwuxXltfyk/s320/dionisio.jpg" width="212" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Dionisio Faustino, Presidente Geral das Irmandades do Divino do Guaporé.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
O culto ao Divino Espírito Santo , evocando o Pentecostes, quando o Espírito manifestou-se aos apóstolos como línguas de fogo, teve início com a construção do templo que lhe dedicou , em Alenquer, a Rainha Isabel de Portugal, esposa de Dom Diniz, no século XIII – a Rainha Santa, reverenciada pelos portugueses e a quem se atribui vários milagres. A celebração, que no Vale do Guaporé envolve o Brasil e a Bolívia, é um Patrimônio Cultural Imaterial de Rondônia que está em processo de instrução para ser reconhecido como Patrimônio Cultural Brasileiro.</div>
Divino do Guaporéhttp://www.blogger.com/profile/16733427170788466300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4443209870747050599.post-4966759723045811272011-10-11T17:54:00.000-04:002011-10-11T17:54:15.841-04:00“PARA O MIGRANTE PÁTRIA É A TERRA QUE LHE DÁ O PÃO” (SC)<span class="fullpost"> <div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikfnEJ0o3mqzugsUR-ju0l9AqsADcrmfkXOihF_kVeMzjb6zMbamCVX1zjGHzDJhpA772QlcWA4A5mr21G0HwF94AbN4lvf1fGsOO6e74tXsu4orCOMr_52CCUMDVLE6WcbbB7Ff-8Hco/s1600/fostos+hidrel%25C3%25A9tricas+e+moradores+de+rua+etc+025.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="150" kca="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikfnEJ0o3mqzugsUR-ju0l9AqsADcrmfkXOihF_kVeMzjb6zMbamCVX1zjGHzDJhpA772QlcWA4A5mr21G0HwF94AbN4lvf1fGsOO6e74tXsu4orCOMr_52CCUMDVLE6WcbbB7Ff-8Hco/s200/fostos+hidrel%25C3%25A9tricas+e+moradores+de+rua+etc+025.JPG" width="200" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEJJAZbx_DOrc3pA633dNqpylBNlIFtSM3xNMg_ep6wQC_5eNFI_giNZyb5kApH9v7PBg-XpjxuQFQ0mmmxXjquRjvNy9E6QhyXjBF_eaAHUrVbL4teWAhxcAX_EfhLb0WOMZ0oltBv2M/s1600/fostos+hidrel%25C3%25A9tricas+e+moradores+de+rua+etc+005.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" kca="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEJJAZbx_DOrc3pA633dNqpylBNlIFtSM3xNMg_ep6wQC_5eNFI_giNZyb5kApH9v7PBg-XpjxuQFQ0mmmxXjquRjvNy9E6QhyXjBF_eaAHUrVbL4teWAhxcAX_EfhLb0WOMZ0oltBv2M/s200/fostos+hidrel%25C3%25A9tricas+e+moradores+de+rua+etc+005.JPG" width="150" /></a></div><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
A cidade de Porto Velho vive hoje os impactos do avanço do capitalismo. Quando falamos do avanço do capitalismo estamos falando dos grandes projetos de aceleração do Crescimento – PAC, principalmente para a grande região amazônica. Aonde tais projetos chegam sem levar em conta os povos tradicionais, os indígenas, quilombolas, ribeirinhos e a própria floresta. <br />
Tais projetos chegam e vão impondo uma nova forma de ser e viver na amazonas, sem levar em conta a riqueza humana e natural desta região. Mas tudo isso em nome do progresso – do desenvolvimento. Perguntamos-nos: Progresso para quem? Desenvolvimento para quem e para o que? As respostas dependem dos interesses dos grupos. <br />
Outro fator que nos provoca a pensar e agir na defesa da vida é observarmos os milhares de migrantes vindos de toda região do país, sendo na sua maioria da região do nordeste do país. Estes vêem em busca de sobrevivência, em busca de pão, pão que os sustentam e alimenta seus familiares em seus locais de origem. São homens e mulheres que muitas vezes, corajosamente se colocam a caminho em busca de dignidade e do meio mais justo e honesto de serem incluídos neste sistema capitalista – ou seja, “vendendo sua força de trabalho”. <br />
Ao chegarem se deparam com o trabalho duro, a saudade daqueles e daquelas que ficaram e os desafios de viverem em grandes grupos muitas vezes desconhecidos – anônimos. <br />
Muitos buscam na fé a superação dos desafios e na esperança a certeza de vencerem cada dia a sua jornada e assim realizarem aquele sonho que os motivaram a sair e vir trabalhar em terras distantes. Outros, mais jovens não conseguem superar estes desafios e muitas das vezes busca sobreviver entregando as bebidas e outras formas de esquecer a dureza. Na verdade são vidas sacrificadas no altar da ganância do próprio capitalismo. <br />
Ao andar pela cidade de Porto Velho, ruas, avenidas e praças podemos sentir e ver o quanto o “progresso” que não é destinando a todos e todas as pessoas mas tão somente a uma minoria que concentra em suas mãos o poder econômico, vemos trabalhadores que partem para mais um dia de trabalho mas vemos também seres humanos jogados pelas ruas, praças... lutando de uma forma ou de outra pela sobrevivência. Esta realidade tem aumentado muito são centenas e centenas de homens e mulheres vitimizadas por um sistema que exclui aqueles e aquelas que estão fora do mercado do trabalho ou não conseguiram se adaptar a dureza que é o trabalho nos canteiros de obras. Muitos destes não conseguem retornarem ao seu estado de origem restando assim às ruas e praças como sua casa comum. <br />
Nossa missão enquanto pessoas comprometidas com a proposta do evangelho de Jesus Cristo é a defesa da vida dos mais pobres entre os pobres. Nossa missão é de ser igreja peregrina que para no meio do caminho, olha o irmão caído, cura suas feridas e o levamos conosco para cuidar dele. “Eu era migrante e tu me acolheste” (MT 25)<br />
<br />
</span><div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCon49tG5OXMqT8sHs3jY1nGKNqD_8_VHdPrzb8LxE1kdfBWNphKn9Mq4U7h2KPuuG5fJ-n_sKz3Assw-rZpzSlrSZLDvMTVEI1j_2V-3y5thC2vhLjXoGwAZ5kPFECckJaevBDaRw87s/s1600/fostos+hidrel%25C3%25A9tricas+e+moradores+de+rua+etc+014.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" kca="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCon49tG5OXMqT8sHs3jY1nGKNqD_8_VHdPrzb8LxE1kdfBWNphKn9Mq4U7h2KPuuG5fJ-n_sKz3Assw-rZpzSlrSZLDvMTVEI1j_2V-3y5thC2vhLjXoGwAZ5kPFECckJaevBDaRw87s/s200/fostos+hidrel%25C3%25A9tricas+e+moradores+de+rua+etc+014.JPG" width="200" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhx66B8px0XSAH4rvEv3CpofSDeNDs_pgLzsyguCBApzTk_C9ZDcOGhKF9fUd9pv3NQv9GHWl7L7qiU6FjSLfe9MwJ2v0Oz5kuRIP-vIc8hPjs1z3jJIFJCFtAesznQAxT4-Xq7X5Jx-Os/s1600/fostos+hidrel%25C3%25A9tricas+e+moradores+de+rua+etc+031.JPG" imageanchor="1" style="height: 168px; margin-left: 1em; margin-right: 1em; width: 197px;"><img border="0" height="150" kca="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhx66B8px0XSAH4rvEv3CpofSDeNDs_pgLzsyguCBApzTk_C9ZDcOGhKF9fUd9pv3NQv9GHWl7L7qiU6FjSLfe9MwJ2v0Oz5kuRIP-vIc8hPjs1z3jJIFJCFtAesznQAxT4-Xq7X5Jx-Os/s200/fostos+hidrel%25C3%25A9tricas+e+moradores+de+rua+etc+031.JPG" width="200" /></a></div>Divino do Guaporéhttp://www.blogger.com/profile/16733427170788466300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4443209870747050599.post-77717387192358446392011-10-03T20:53:00.001-04:002011-10-03T21:16:45.507-04:00Falece em Guajará uma das "filhas de Dom Rey"<span class="fullpost"><br />
</span><br />
<div style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUT9FdfFSMbtfnJXHQh9_KzAuF7hlWiLueyoVJNO8i76nkdQPB9Og1NDQK2kwn7gwi6qySxCvPzxF86hPGJ0pAVodpdNheqXXmePxL6EgjmTdeZLd3-M4OdAx01WXnppVZi8cQZtCmF4A/s1600/DR6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="193" kca="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUT9FdfFSMbtfnJXHQh9_KzAuF7hlWiLueyoVJNO8i76nkdQPB9Og1NDQK2kwn7gwi6qySxCvPzxF86hPGJ0pAVodpdNheqXXmePxL6EgjmTdeZLd3-M4OdAx01WXnppVZi8cQZtCmF4A/s320/DR6.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Dom Rei com uma jovem formada em Guajará Mirim. <br />
Fonte: Arquivo da Diocese de G Mirim.</td></tr>
</tbody></table>Corpo de pioneira da educação foi sepultado no sábado. escrito de Lucio Albuquerque, em tudorondonia.com.br. Guajará-Mirim - Foi sepultado no sábado, 1 de outubro, no cemitério "Santa Cruz", nesta cidade,o corpo da senhora Maria de Jesus Evangelista Assunção, falecida na noite de sexta-feira, aos 86 anos de idade. Viúva do agricultor Canuto Assunção, e mãe de seis filhos, era professora aposentada e fez parte do grupo de adolescentes que na década de 1930 passou a ser conhecido como "filhas de Dom Rey".</div><a name='more'></a><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Natural de Limoeiro, comunidade no Rio Guaporé, a professora Maria de Jesus era filha de João e Sérgia Evangelista e lecionou nas localidades de Limoeiro, Porto Murtinho, Santo Antonio, Surpresa, Iata, além de escolas de Porto Velho e nas guajaramirenses Reunidas, Dom Rey e Simon Bolivar, como narra a historiadora Maria Tereza Chamma, em seu livro "O Brilho da Pérola".</div><div style="text-align: justify;">Nascida em 1925, dona Maria de Jesus, com menos de 12 anos de idade foi entregue por seus pais ao bispo Dom Francisco Xavier Rey, que àquela altura formou um grupo de adolescentes trazendo-as de suas casas na margem brasileira do Rio Guaporé para estudar na Escola Santa Teresinha, em Guajará-Mirim.</div><div style="text-align: justify;">A finalidade desse projeto era que as meninas, após cursarem um ensino básico de quatro anos, na "Pérola do Mamoré", retornassem a suas casas e nas respectivas comunidades atuassem como professoras, enfermeiras, catequistas, "e até como parteiras", como lembrou uma das "filhas de Dom Rey" a senhora Estela Madeira Casara em depoimento no livro "A Mulher em Rondônia", de autoria de Lúcio Albuquerque.</div><div style="text-align: justify;">Segundo a historiadora Tereza Chamma, das 12 meninas que formaram o grupo denominado "filhas do bispo" ou "filhas de Dom Rey", há apenas duas remanescentes agora, as senhoras Estela Madeira Casara e Isabel Oliveira, essa última atualmente escrevendo um livro para narrar a história dela e das outras que fizeram parte do grupo.</div><div style="text-align: justify;">As "filhas de dom Rey" eram: Lídia, Isabel Oliveira, Eleotéria Sombra de Oliveira, Antonia Quintão, Paula Gomes de Oliveira, Maria de Jesus Evangelista, Albertina Coelho, Belmira Farias, Inocência Coelho, Verena Leite, Estela Madeira e Eremita Cordeiro, todas tornandos-se mais tarde matriarcas de importantes famílias da região e lideranças em suas comunidades. </div><div style="text-align: justify;">Ao saber do falecimento da professora Maria de Jesus o empresário Paulo Saldanha, filho da senhora Eremita Cordeiro, em nome de sua família disse da importância que aquelas jovens tiveram nas respectivas comunidades e lembrou que especialmente adona Maria de Jesus teve uma participação grande na educação de gerações durante mais de 40 anos de magistério.</div><div style="text-align: justify;">Ainda no ábado, durante o sarau promovido pela Academia Guajaramirense de Letras, foi observado um minuto de silêncio em honra à memória da professora Maria de Jesus e o encaminhamento de uma moção de pesar à família.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Divino do Guaporéhttp://www.blogger.com/profile/16733427170788466300noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4443209870747050599.post-7188332955906563982011-04-17T14:10:00.000-04:002011-04-17T14:10:05.280-04:00Atualidade do Guaporé<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhC9I1aYkeJ1xrm03u7PNYY2hQt-zaALDjm5DAUxYBUjlwmxfNMJgDJzhWCW4mDZe8xmkMSqq5RXpyUU6CnCdDrpMxj8ovuy5twBrIi3HpCGZv4j5BBreWv9L1KYkBJes-_wIyjC56EKNA/s1600/casa+a+santo+antonio+do+guapore.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhC9I1aYkeJ1xrm03u7PNYY2hQt-zaALDjm5DAUxYBUjlwmxfNMJgDJzhWCW4mDZe8xmkMSqq5RXpyUU6CnCdDrpMxj8ovuy5twBrIi3HpCGZv4j5BBreWv9L1KYkBJes-_wIyjC56EKNA/s320/casa+a+santo+antonio+do+guapore.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;">Esteve visitando as comunidades do Guaporé. As águas estão altas nesta época. Porém o arròs de pato já està soltando cacho. Logo a alagação vai remeter, diz o pessoal de lá. Entretanto as comunidades continuam resitindo, sobreviviendo. Pois ainda nenhuma comunidade quilombola do Guaporé tem titulado o território. Depois da Ação Civil Pública do Ministério Público Federal, um termo de acordo foi assinado entre a comunidade ICM BIO e INCRA. Porém a prefeitura e o estado ainda não aproveitaram a ajutorização para realizar novo equipamentos de infraestrutura i renovar as construções. O projeto de farinheira tocado pela RIOMAR com fundo de compensação do asfaltamento da BR 429 languidece, com as construções na metade e os maquinários abandonados. A mesma realidade para a farinheira de Pedras Negras. Aqui várias famílias estão abrindo sítios nos lugares ocupados tradicionalmente. As comunidades continuam a produzir farinha de água de excelente qualidade com o método tradicional. Apesar da falta de espaço para cultivo e o ataque na roça dos animais da floresta.</div><a name='more'></a><div style="text-align: justify;"></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdbAa13hr3MEl7M6ZXHcVsijrjBDtSD-k8uUTLtElf-DzAa3dS3bwLKsdYHmqrqlmPd2ocCk4dgB98-tMihC61BQcEsinVY30IO7TW7ICw4_OrcehsUr2qYjvIxuOLJWkzHSg03LLiWCw/s1600/Farinheira+inacabada+de+santo+antonio+do+guapor%25C3%25A9.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="204" r6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdbAa13hr3MEl7M6ZXHcVsijrjBDtSD-k8uUTLtElf-DzAa3dS3bwLKsdYHmqrqlmPd2ocCk4dgB98-tMihC61BQcEsinVY30IO7TW7ICw4_OrcehsUr2qYjvIxuOLJWkzHSg03LLiWCw/s320/Farinheira+inacabada+de+santo+antonio+do+guapor%25C3%25A9.png" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Farinheira de Santo Antônio construida na metade.</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;">Pelo menos aqui tem energia elètrica para os maquinários. O Luz Para Todos está elaborando um projeto de energia para comunidades isoladas, que deve beneficiar Laranjeiras e Santo Antônio, com um sistema integrado de placas solares e motor a diesel.</div><div style="text-align: justify;">Quem mostra um bom atendimento é a SEDUC, com o programa Raízes. Tem estudiu até quarta série e estudo até oitava. A professora de Santo Antônio tem oportunidade de se formar a través da universidade a distância do Polo dos Claretianos em São Miguel, onde acude uma vez por mês.</div><div style="text-align: justify;">Também a secretaria de assistência social do governo estadual retomou as viagens do barco para o Guaporé. Quem assumiu o serviço é o Marlen Tour de Guajará Mirim. As reclamações são por conta da rapidez das viagens. Ninguém sabe a hora exata da chegada do barco. Quando chega logo vai embora, muitos não tem tempo sequer de chegar ao porto e ficam para trás. Nas comunidades bolivianas de Mateguá e Versalles, o barco passa sem encostar nem a voadeira.</div> <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjc_FC0YGHZcx_NGkOQMU5GQQDQuGYvTMev-M4PytmhZNgx4fGskv5JL7OuBJoiDJKTEEC3vBjACL_-hlyPKLgV5ZohWXlQxgw0Am9iVfn1Tnq2k8-Kb0FXwTmkjjgS4gbqsUJ24fdwuoY/s1600/Escola+santo+antonio+do+guapore.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="168" r6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjc_FC0YGHZcx_NGkOQMU5GQQDQuGYvTMev-M4PytmhZNgx4fGskv5JL7OuBJoiDJKTEEC3vBjACL_-hlyPKLgV5ZohWXlQxgw0Am9iVfn1Tnq2k8-Kb0FXwTmkjjgS4gbqsUJ24fdwuoY/s320/Escola+santo+antonio+do+guapore.png" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Escola e em segundo plano, centro comunitário de Santo Antônio. </td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;">A prefeitura de São Francisco mantém o atendimento médico uma vez por mês em Pedras e Santo Antônio. Na primeira, um infermeiro atende a comunidade. Pela parte religiosa, o Pe. Adão de Cerejeira visitou Rolim de Moura e celebrou missa também em Mateguà e Pedras Negras. O pessoal espera a visita da Romaria do Divino para as próximas semans, porém este ano nenhum padre parece poder acompanhar os tradicionais romeiros. Muitas das capelas precisam de um plano de reforma e manutenção. O pessoal espera a visita em agosto de Dom Geraldo, que por motivos de saúde não pode realizar em janeiro. Tal vez já possa estar acompanhado do novo bispo coadjutor de Guajará Mirim. </div><div style="text-align: justify;">Seja pelas dificuldades e ou pelo envellecimento, a tendência ainda é a reduzir os moradores. Em fevereiro faleceu o Seu Afonso Aranha, grande liderança de Pedras Negras. Em Santo Antônio duas das famílias foram embora. Embora o preço da seringa estejas em alta, os antigos seringais da margem direita do Rio São Miguel continuam de fora da proposta de demarcação do territòrio de Santo Antônio que està sendo negociada entre o Incra e a ICM Bio.</div><div style="text-align: justify;">Na Bolívia, a negociação da castanha recebeu um grande impulso com a criação duma empresa governamental (EVA) em Riberalta, que está certificando a castanha orgânica e pagando até 120 $Reais a barrica (6 latas). Com o qual o produto da comunidade está muito mais valorizado. Diferente sorte tem a poalha, que é retirada em Matrinchá, que depende de intermediarios brasileiros para a venda.</div><div style="text-align: justify;">Continua a entrada de muitos turistas e pescadores, mais por Rolim de Moura do Guaporé, especialmente na época de seca. O lugar estrá bem dinamizado com a construção da estrada de Alta Floresta. Porém entre os mais antigos não têm muito otimismo, como Seu Estanislau, que reclama que os de fora estão tomando conta de tudo. Em Laranjeiras não conseguimos chegar, depois que deu prego em nossa bomba de água do barco Dom Roberto</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTiOze6WWvGtViZh8dyBidyuHJl_rNuNwil8rIFKOro8if6-ZSNEvTviSdROv0i6C6a4WzvuiNyEnpuSbfJ0lgAuNNTCbMk2jrS6wgkHoim49DvFyt98PxmPFuCQe3J4aOzGRE-NI4ICE/s1600/fazenda+cassol+2.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="203" r6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTiOze6WWvGtViZh8dyBidyuHJl_rNuNwil8rIFKOro8if6-ZSNEvTviSdROv0i6C6a4WzvuiNyEnpuSbfJ0lgAuNNTCbMk2jrS6wgkHoim49DvFyt98PxmPFuCQe3J4aOzGRE-NI4ICE/s320/fazenda+cassol+2.png" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lanchas na fazenda de cassol em Rolim de Moura do Guaporé no Rio Mequéns </td></tr>
</tbody></table>Divino do Guaporéhttp://www.blogger.com/profile/16733427170788466300noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4443209870747050599.post-69142867235891890572011-01-13T11:05:00.000-04:002011-01-13T11:05:50.557-04:00A poaia da Amazônia está sendo novamente procurada<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZzeB9laLtJ5TCKt_5fqhwLSfCubRRYopPlEHZ08PzOJ5GgeXK4EejgDgaEkVF-ckZnKn_Z1G-_XCpa5xpRJDGkLUR8gzTb4pKv0N6ILcml4fdh-9F7MzU8GtgKZssP-eMAWY-du-6utQ/s1600/poaia.jpg" imageanchor="1" style="clear:left; float:left;margin-right:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="180" width="178" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZzeB9laLtJ5TCKt_5fqhwLSfCubRRYopPlEHZ08PzOJ5GgeXK4EejgDgaEkVF-ckZnKn_Z1G-_XCpa5xpRJDGkLUR8gzTb4pKv0N6ILcml4fdh-9F7MzU8GtgKZssP-eMAWY-du-6utQ/s320/poaia.jpg" /></a></div><br />
A POAIA (ou poalha, ipeca, ipecacauanha, ou Cephaelis Ipecacuanha) é um arbusto nativo da mata atlàntica, do cerrado e da amazônia, que já foi um dos pilares da economia dos seringais. Os seringueiros trabalhavam na colheita de castanha no início de ano, partindo para a poaia e posteriormente, a extração da seringa no período da seca. A planta tem valor medicinal para tratamento de amebiase e outras utilidades, porém também apresenta importantes contraindicações. <span class="fullpost"><br />
Atualmente tem aparecido nova demanda comercial. Os membros da associação da comunidade quilombola de Pedras Negras, reclamam porém do baixo preço pago pelos atravessadores, que varia de 90 a 100 $R o kilo da raiz limpa e seca. Por outro lado, a poaia nativa foi intensamente explorada, estando em perigo de extinção. <br />
Um comprador nos informa: "A POAIA, como é conhecida na região, só se pode exportar ou vende-la no mercado interno se for de manejo sustentável, com projetos aprovados pela SEDAM, porém ninguém ai se preocupa em fazer pelo correto, a Poaia é controlada pelos orgãos federais por ser DROGA, farmacológica (...) para comprar exigimos a nota fiscal e a GUIA GF3 que é dada pela SEDAM de PORTO VELHO, pois somente com esta é possivel o transporte da POAIA dentro do territorio nacional".<br />
<br />
<br />
Existem estudos de cultivo que relatam que precisa de 30 plantas bem cultivadas é possível extraer 1 kg de raízes. Obrigado ao técnico da SEAGRI, Jesus Ribeiro, pela ajuda na pesquisa.<br />
</span>Divino do Guaporéhttp://www.blogger.com/profile/16733427170788466300noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4443209870747050599.post-56049687942092086902010-10-23T19:52:00.001-04:002010-10-23T19:59:42.758-04:00Morre menino miquelenoSão Francisco do Guaporé, 20 de Outubro de 2010. <br />Aconteceu uma tragédia em Porto Murtinho. Um indígena miqueleno, neto do Sr. Urbano e D. Estelita com apenas 9 anos se suicidou com um tiro de espingarda. <br />Os boatos são que ele não fazia as tarefas no colégio e incomodava aos outros, a professora falou que se continuasse chamava o Conselho Tutelar.<br />No dia foi ao Colégio mas não entrou na sala. Chegando em casa os irmãos falaram aos pais e a professora mandou um bilhete aos pais explicando... <br /><br />Pela tarde os pais foram na roça e ele diz que ficava para estudar. Chegando na roça, escutaram um tiro voltaram depressa, e chegando encontraram o menino morto na cama com a espingarda do lado e do outro o Livro e o bilhete da professora. <br />Ainda mais, a policia chegou e prendeu o Pai por não ter registro da espingarda.<br />Ele já está em casa, porém não pode acompanhar o enterro, pois teve que pagar uma fiança de R$ 1.700,00.<br />Uma irmâ católica e um pastor fizeram a recomendação no cemitério de São Francisco.Os miquelenos são indígenas originários do Rio São Miguel. <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-1tUT44HiGDP7eGCTW8-PpRyhYDGc8u-s7B8ubSdVQ-j9WaOEAH76Qgz6SHNVlvVAQ8okKOu7coG2V0U2P5KTl8Mvv58ovSMieZvFj9h6BG48odsgMBbECSIl-ahhbsyYgWBxEF1775U/s1600/marcilio.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 256px; height: 140px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-1tUT44HiGDP7eGCTW8-PpRyhYDGc8u-s7B8ubSdVQ-j9WaOEAH76Qgz6SHNVlvVAQ8okKOu7coG2V0U2P5KTl8Mvv58ovSMieZvFj9h6BG48odsgMBbECSIl-ahhbsyYgWBxEF1775U/s320/marcilio.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5531394940767236322" /></a><br /><span class="fullpost"> <br />Recentemente faleceu em Guajará Seu Marcílio, último miqueleno que ainda falava a língua indígena, de troco txapacura. Eles recentemente foram oficialmente reconhecidos como indígenas, e reivindicam o território tradicional.<br />Parte dele está dentro da Reserva Biológica do Guaporé, na localidade do Limoeiro. <br />Os últimos moradores do local foram expulsos pelo Ibama nos anos 84-86 e ficaram espalhados no vizinho local de Porto Murtinho (hoje distrito de São Francisco de Guaporé, e também em Costa Marques, Surpresa, Guajarás Mirim e outras localidades.<br /><br />A reivindicação territorial comportou um estudo antropológico da FUNAI em 2008 e neste ano de 2010 está prevista a constituição do Grupo de Trabalho que deve definir os limites territoriais do povo indígena miqueleno.<br /><br />Por causa desta reivindicação territorial os miquelenos que moram em Porto Murtinho tem sofrido pressões e ameaças dos vizinhos, especialmente quando viajam de ônibus para Porto Murtinho e inclusive para a escola pólo situada na Linha 06. <br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-zN3Do5eeahOBAxouEf4uyaiTfKCtAjWVdokKIAQSeWawlhTnW3D17gcxn5NCEbhdsMJKyAlJNmxNGyqPFP75sh3XwvmPVsqz1hBSJY_EVC9BrA5n_2zH_BZdVnhRpUBiqqf4q30AJ8I/s1600/miquelenos1web.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 142px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-zN3Do5eeahOBAxouEf4uyaiTfKCtAjWVdokKIAQSeWawlhTnW3D17gcxn5NCEbhdsMJKyAlJNmxNGyqPFP75sh3XwvmPVsqz1hBSJY_EVC9BrA5n_2zH_BZdVnhRpUBiqqf4q30AJ8I/s320/miquelenos1web.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5531395352372945026" /></a><br /><br /><br /></span>Divino do Guaporéhttp://www.blogger.com/profile/16733427170788466300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4443209870747050599.post-44846084106780087282010-10-04T21:36:00.009-04:002010-10-04T22:22:16.973-04:00Festa do jacaré, dos arara de Ji Paraná<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaKdN-9OvFOmxOh05ox45lSJpmBZ6-FlPN9D799_qPBhZRzcXSMaFp50jzcZwO__rUMi2VhyphenhyphenTbSo4rkXEtrgb1uwFqjjQAiRmVHcJEEpPHx_vfg_5EX2pGeEaumxNdGC0LhK8XCsgNDhU/s1600/arara4.bmp"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 208px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaKdN-9OvFOmxOh05ox45lSJpmBZ6-FlPN9D799_qPBhZRzcXSMaFp50jzcZwO__rUMi2VhyphenhyphenTbSo4rkXEtrgb1uwFqjjQAiRmVHcJEEpPHx_vfg_5EX2pGeEaumxNdGC0LhK8XCsgNDhU/s320/arara4.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5524378276422755426" /></a> A semana passada participei da festa do povo indígena arara de Rondônia. Eles moram na região de Ji Paraná, na bacia do Rio Machado. Do contato de inícios do século XX e das epidemias dos anos 40 sobreviveram apenas umas 200 pessoas, que moram nas aldéias de Iterap e Pajpap, compartilhando a Área Indígena Lourdes com o povo gavião.<br /><br />Eles mantém viva a língua arara, de tronco tupi, usando o portugués para os contatos externos. Porém como todos os indígenas, eles sofrem a demonização de suas tradiciões religiosas e culturais dos pastores pentecostais. Os missionários católicos (e luteranos), ao contrário, les animaram a realizar esta festa tradicional, que fazia cinco anos que não celebravam mais. <span class="fullpost"> <br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrPdD2oiDxPBGkyAQgtTssam6u0HlB6EropqNyNtaNLdb47qQMARCj2P_JNaVB9Kx_3o7_DUF4TMDSzCUDx0VnhJLWAlZDbjKEw2Wh4VQ7zS_YWhCzNxNZRaaQK8TZIknq3pU_V-r73jA/s1600/arara3.bmp"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 198px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrPdD2oiDxPBGkyAQgtTssam6u0HlB6EropqNyNtaNLdb47qQMARCj2P_JNaVB9Kx_3o7_DUF4TMDSzCUDx0VnhJLWAlZDbjKEw2Wh4VQ7zS_YWhCzNxNZRaaQK8TZIknq3pU_V-r73jA/s320/arara3.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5524377456283338594" /></a> Com ajuda do COMIN, da Pastoral Indigenista de Ji Paraná e do CIMI, conseguiram um projeto para financiar diversas atividades de revitalização cultural: Plantio de taboca para flechas, cursos de tecido de algodão, sementes de frutas para pinturas corporais, etc.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPQJXEUmf8txXTjeNymhufKja2-9aZ8UgtAzZ22U-uGNAIBMCTlW98Kdc-Z1dGdFdQTDPIe70WsORgEu91MiCtwK990REdK0vwitOZkC0Z0tQraNdNaU5UjORYQVTHzrr3iYEaHf8C5KY/s1600/arara2.bmp"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 242px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPQJXEUmf8txXTjeNymhufKja2-9aZ8UgtAzZ22U-uGNAIBMCTlW98Kdc-Z1dGdFdQTDPIe70WsORgEu91MiCtwK990REdK0vwitOZkC0Z0tQraNdNaU5UjORYQVTHzrr3iYEaHf8C5KY/s320/arara2.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5524376811583689122" /></a> A realização desta Festa do Jacaré significou um importante elemento de resistência, de recuperação da identidade própria e de autoafirmação cultural e tradicional. Isso lhes ajudará a ficar mais unidos e enfrentar os diversos desafios que os amenaçam. Entre eles, a construção duma barragem no Rio Machado, a hidrelétrica de Tabajara. <br />Fiquei soorprendido de que além dos momentos rituais e de dança, de banquetes e de celebração, teve demorados momentos (eu quase não entendia nada) nos quais as principais lideranças (e todos os que desejaram) poderam se expressar e manifestar. Inclusive diversas mulheres falaram. <br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWp7-oMwfGropfRaKFtzGrOEC29klj60VMmDb3U-v1QEHFB90Tn1bXsnTyeoeEdhuKe-xSegOW3QPvDAR93oai96_r2j03bilCR8PC_vSHRuF1kuKBIKCVt3mbkD-86fpgFxDQY3fAKFE/s1600/arara1.bmp"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 221px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWp7-oMwfGropfRaKFtzGrOEC29klj60VMmDb3U-v1QEHFB90Tn1bXsnTyeoeEdhuKe-xSegOW3QPvDAR93oai96_r2j03bilCR8PC_vSHRuF1kuKBIKCVt3mbkD-86fpgFxDQY3fAKFE/s320/arara1.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5524375587914917442" /></a><br />Pedro Arara, o cacique de la aldea de Pajpap, e a esposa dele, Maria, receberam e acolheram todos os convidados da aldéia vizinha e todos os visitantes convidados por eles.<br />Enfeitados com os vestidos, pinturas e tradicionais cocares de penas, os arara incorporaram na festa todas as gerações: desde bebés até anciãos, passando por jovens e adolescentes, homens e mulheres. Inclusive muitos que já tem aderido ao agressivo cristianismo pentecostal participaram das danças, pinturas e rituais. Até da bebida fermentada de batata doce e macaxeira: a macaluba. Do qual todos foram bebendo nos momentos importantes, sem que ninguém chegasse a ficar bêbado. <br />Os guias da festa, os pajés, líderes espirituais e culturais da comunidade, dedicaram-se a fondo e estavam exultantes revivendo os rituais de profunda significação comunitária. A Festa do Jacaré foram uns dias extraordinários.<br /></span>Divino do Guaporéhttp://www.blogger.com/profile/16733427170788466300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4443209870747050599.post-10033796125205704262010-09-11T22:58:00.007-04:002010-09-11T23:07:13.315-04:00Imagens do GuaporéLindas imagens da visita a Rondônia de Maria e Javier, vindos de Zaragoza (Espanha) que estiveram no madeira, em São Miguel do Guaporé, em Ji paraná e também no Rio Guaporé no mes de Agosto. As fotos são de Maria.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgG0MsV4x97_kBPmFhr6O0mAh4G3TyXFMziEnLipZNxBkA6ROdB9G5ZbQTbTTExLJOdGUqfQPK-NfTbfWGghk9nLK2ndxVOHSzaSrK78Q7iDRMSEw2WXhwRjEoz1s1mg6-WCNSwjZNTOzM/s1600/quil+seu+jesus.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgG0MsV4x97_kBPmFhr6O0mAh4G3TyXFMziEnLipZNxBkA6ROdB9G5ZbQTbTTExLJOdGUqfQPK-NfTbfWGghk9nLK2ndxVOHSzaSrK78Q7iDRMSEw2WXhwRjEoz1s1mg6-WCNSwjZNTOzM/s320/quil+seu+jesus.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5515857809735019122" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgG5s00pKXFHadWwEksKYJGjz-qb0zzrvJ6hbUjw1c9-r5PbGWgAiqB87v6qP4Y88EiBQih-ELkEua2vwAuJ5YQI3487xHi5Ju9PZO4QcxJC5499uChntww3GWPdT2blm6Ysm25l0cOwE8/s1600/Mata.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 214px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgG5s00pKXFHadWwEksKYJGjz-qb0zzrvJ6hbUjw1c9-r5PbGWgAiqB87v6qP4Y88EiBQih-ELkEua2vwAuJ5YQI3487xHi5Ju9PZO4QcxJC5499uChntww3GWPdT2blm6Ysm25l0cOwE8/s320/Mata.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5515857120193010674" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpVVPuf3i-u-Xzg5j9oUOBlZdVXRw21Q2u8ikWtqQdTRRFIJizHx8W1_9FRMu54wZ7-gmR3cDKUpgaZmiPJj9KXGzwJDzO52rtTHoWSwlpmLMu50My71bpy3PkPPCXVBZjKkIgARtHA-0/s1600/Las+cosas+de+Jos%C3%A9.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpVVPuf3i-u-Xzg5j9oUOBlZdVXRw21Q2u8ikWtqQdTRRFIJizHx8W1_9FRMu54wZ7-gmR3cDKUpgaZmiPJj9KXGzwJDzO52rtTHoWSwlpmLMu50My71bpy3PkPPCXVBZjKkIgARtHA-0/s320/Las+cosas+de+Jos%C3%A9.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5515856853041858738" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYaA6kuxkU-BL6-FMoxxMXX5kA4RWpza6CZu1BXHCH1Hex64jmntbeWeyE1DURP0PAamDgu9q2BvKRsaziHNkm1LzaYvpfFg5av6bfz8NommfyTFuh5MNAeM1PKfdwdTp26xqk05u1qVc/s1600/Guapor%C3%A9.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYaA6kuxkU-BL6-FMoxxMXX5kA4RWpza6CZu1BXHCH1Hex64jmntbeWeyE1DURP0PAamDgu9q2BvKRsaziHNkm1LzaYvpfFg5av6bfz8NommfyTFuh5MNAeM1PKfdwdTp26xqk05u1qVc/s320/Guapor%C3%A9.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5515856634618156114" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6BhqbJ6ATPtz6NaUS74VcN_39LeH6As9DMJFlmiIDh7Uam0Oc-CMPHH-3uT7Ha31gxW-CBrp0q3BVe-ZWnqH9kPdLopSuL5NQyEi7Xd-qZ-eVUAk4lwEldQM_ubJe8_JBWz6SS-Zemy4/s1600/Cachoeira.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 214px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6BhqbJ6ATPtz6NaUS74VcN_39LeH6As9DMJFlmiIDh7Uam0Oc-CMPHH-3uT7Ha31gxW-CBrp0q3BVe-ZWnqH9kPdLopSuL5NQyEi7Xd-qZ-eVUAk4lwEldQM_ubJe8_JBWz6SS-Zemy4/s320/Cachoeira.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5515856314294035746" /></a><br /><br /><span class="fullpost"> </span>Divino do Guaporéhttp://www.blogger.com/profile/16733427170788466300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4443209870747050599.post-70917486071548708872010-04-11T20:51:00.008-04:002010-04-11T23:50:49.061-04:00Os wuajuruOs indígenas wuajuru são nativos da região de Rolim de Moura do Guaporé, localidade ribeirinha e quilombola que hoje está dentro do município de Alta Floresta. Foi pela mão do jesuita potugués Pe. Agostinho Lourenço que próprio Antônio Rolim de Moura Tavares, primer Capitão General do Mato Grosso, no século XVIII fundou o lugar como Missão de São José. <br />Já no começo deste século achamos apenas na região pequenos grupos de indígenas sometidos pelos seringalistas no Rio Mequéns e no Colorado, em colocações conhecidas como Cerrito, Ururões e igarapé Terebinto. Aqui é onde residiam os wuajuru. <br />Um grupo indígena restou sempre irredutible vivendo em liberdade isolados na floresta. Ainda hoje continuam sem contato na terra indígena Massako, a primeira a ser demarcada no Brasil para um grupo indígena isolado.<br />Enquanto que seus vizinhos mequens e sakarabyat conseguiam demarcar também uma pequena parte do seu território no Rio Mequens, os wuajuru tiveram pior sorte e foram despejados pelos jagunços das empresas Camargo e Corréia e Rober, que abriram fazendas no lugar onde moravam. <br />Hoje é o ex governador de Rondônia, Ivo Narciso Cassol quem comprou estas fazendas, e alguns dos mesmos capangas que expulsaram os indígenas continuam ainda aí, ameaçando eles.<span class="fullpost"> <br />Parte dos indígenas wuajuru foram morar nas aldéias indígenas da Baia das Onças, Ricardo Franco, no baixo Guaporé, e no Río Mamoré, na aldéia de Deolinda. Outros moram em Guajará Mirim e Pimenteiras. Algumas mulheres casaram com quilombolas e com seringueiros e moram ainda em Rolim de Moura do Guaporé. <br />Foi neste lugar que os wuajuru começaram a se reencontrar, reivindicando o reconhecimento da identidade dos indígenas dos moradores do lugar, a revitalização de sua língua e cultura (hoje a língua wuajuru tem apenas dois falantes) e a devolução do seu território tradicional.<br />Foi de Ricardo Franco para Rolim do Guaporé que o barco Dom Roberto fez sua primeira viagem deste ano 2010. Aproveitando par deixar na aldéia de Ricardo Franco um grupo de pajés do Río Branco que iam realizar seu encontro tradicional, quatro famílias de wuajurus embarcaram, adultos e crianças nesta semana santa. <br />O Dom Roberto remontou penosamente a forte corredeira Guaporé, própria desta época de chéia. Problemas na bomba de água atrapalharam todo o percurso, tendo que trocar duas vezes de corréia. Porém tocando o leme dia e noite, ainda sobrou tempo para pescarias de piranha e para uma parada no meio dia, respeitando o dia santo da sexta feira. Pela noite do domingo de Pásqua o barco estava em Rolim de Moura.<br />Pelo caminho, rápidas paradinhas em Costa Marques, Santo Antônio e Pedras Negras permitiram conhecer também a evolução das comunidades quilombolas nestes meses.<br />Enquanto em Surpresa começava na segunda feira a Romaria do Divino de 2010, os wuajurus se encontravam, irmâs com imâs, parentes com parentes, reforçando os lazos de identidade enfraquezidos pela dispersão, reunidos em assembléia.<br />Com presença de representantes do CIMI, da Funai, do Ministério Público Federal, da Secretaria Municipaç de Educação e da Polícia Forestal sediada em Rolim do Guaporé, diversos assuntos foram tratados.<br />Um dos desejos, de visitar o lugar de origem, o Cerrito, não foi possível realizar por estar o rio entupido de cochas e a estrada por terra trancada com cadeado.<br />Porém o retorno na terra tradicional recebeu notícias animadoras do MPF, anunciando que o departamento de demarcação de terras da Funai já disponibilizou recursos no orçamento deste ano para começar um estudo preliminar oficial. <br />Não somente das terras wuajurus, mas também dos Cojubim, no Rio Cautário, e o GT dos territórios miqueleno e puruborá.<br />Apesar da destruição que algumas pessõas, sem consciência do valor do patrimônio arqueológico, ainda em toda a beira do rio de Rolim é possível observar potes enterrados no chão da cerâmica que deu fama a Missão de São José.<br />Eu mostrei alguns destes pedaços recolhidos no chão pelas ruas aos alunos da escola, para os quais expliquei as origens dos povos indógenas e quilombolas na região, com as sucessivas colonizações e frentes de penetração.<br />Rolim de Moura do Guaporé vive um momento de especulação mobiliária provocada pela abertura da estrada até a Baia da Ponte e uma forte presença de turistas e pescadores amadores no tempo da seca. Os originários do lugar, que cuidam das praias i da preservação dos quelônios, sentem que a pesca já diminuiu com a abertura da estrada e a chegada massiva de pescadores sem muito controle. A administração tem distribuido datas para construção de casas, porém os filhos da terra não tem recebido delas.<br />Por outro lado, a través do Programa Terra Legal, que começar a regularização fundiária, sem que ainda esteja resolvida a criação dos territórios quilmbola e indígena na comunidade.<br />De retorno, as famílias wuajurus visitantes não carregavam somente macaxeira, carne ecomida fornecida pelos parentes de Rolim. Também mudas de banana, sementes de fruteiras, de feijão, ramos de macaxeira para plantar, galinhas e até cachorrinhos.<br /><br /></span>Divino do Guaporéhttp://www.blogger.com/profile/16733427170788466300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4443209870747050599.post-37644168135975053712010-03-28T22:15:00.002-04:002010-03-28T22:22:53.507-04:00O "Dom Roberto" no porto de Costa Marques<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlK5qLJx-BjYCnKHGLqVxbyOqLYB07hVoPOHugSmrsP6gTT0AQ3rOiYfRV5Cq5lXkUQEav_qF0Tsvxv9dxNwAYPKnhtA674NBXPLkZpxy1JioGdJhucWTSrabjbILyYydtCf4Uc3ZBWyA/s1600/dom+roberto+foto+regis.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 241px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlK5qLJx-BjYCnKHGLqVxbyOqLYB07hVoPOHugSmrsP6gTT0AQ3rOiYfRV5Cq5lXkUQEav_qF0Tsvxv9dxNwAYPKnhtA674NBXPLkZpxy1JioGdJhucWTSrabjbILyYydtCf4Uc3ZBWyA/s320/dom+roberto+foto+regis.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5453875479316859122" /></a><br />As águas estão bem altas no porto de Costa Marques, e o barco da Pastoral Fluvial está esperando por novas viagens no Guaporé.<br />Foto: Regis<br /><br /><br /><span class="fullpost"> <br /></span>Divino do Guaporéhttp://www.blogger.com/profile/16733427170788466300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4443209870747050599.post-82579297612649940782010-01-03T11:45:00.011-04:002010-04-11T20:50:20.739-04:00Missão na Diocese de Humaitá - Amazonas<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0EA3hHVAa9iHJPrqQrBzxkMoliW97zcRJZUejHgx4QHD6kEQyAUn8plJZotrE3rOtPaNw1LAUCG7nX_Wl85qzL-Yne4zoSuASS4IMKwVcqRzRg44cJtUSpcZ5vlz223-oyeXRkjb4csI/s1600-h/Pe+Ir%C3%A7o+Lago+Acar%C3%A1.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 204px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0EA3hHVAa9iHJPrqQrBzxkMoliW97zcRJZUejHgx4QHD6kEQyAUn8plJZotrE3rOtPaNw1LAUCG7nX_Wl85qzL-Yne4zoSuASS4IMKwVcqRzRg44cJtUSpcZ5vlz223-oyeXRkjb4csI/s320/Pe+Ir%C3%A7o+Lago+Acar%C3%A1.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5422541053405480162" /></a><br /><br />A pedido das Irmãs que atendem os ribeirinhos da Diocese de Humaitá, o Pe. Irço Ferreira das Neves foi celebrar nas comunidades do Rio Madeira e lagos Baetas e Acará de 14 de Novembro à 07 de Dezembro de 2009. <br /><span class="fullpost"> <br />Avaliação: <br />Batizados: 28.<br />Primeiras Eucaristias: 28.<br />Celebrações: 22.<br />Unção de doentes: 3.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPJoyQXEeYxqfuldnl2mv7yxsy1rrW4FoOct_TDW3X0L-uJO8UBQDib3vGWbB9FIqNKFLtmfYuMFk3Ms5Hfa7HzCIzyrreJ68najrvF4ruSBcyvKuUYcWvEZKlDFh089hW5140uy1kiy0/s1600-h/Batizo+pe+Ir%C3%A7o.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 250px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPJoyQXEeYxqfuldnl2mv7yxsy1rrW4FoOct_TDW3X0L-uJO8UBQDib3vGWbB9FIqNKFLtmfYuMFk3Ms5Hfa7HzCIzyrreJ68najrvF4ruSBcyvKuUYcWvEZKlDFh089hW5140uy1kiy0/s320/Batizo+pe+Ir%C3%A7o.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5422540600866982610" /></a><br /><br />Membros da Equipe:<br /><br />Salvador Evangelho de Castro.<br />Sebastião (Sabá) Barbosa Moreiro.<br />Ir. Iandra Jaqueline Conrado.<br />Ir. Angélica Tonetta.<br />Pe. Irço Ferreira das Neves.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdrWb0hkQ6WjQDrR4tuYnng4OkqIfnrz1JqRG7nTVESr6gcXgtfWx0wMaIeqFKn8zpJ-8KzzKixiFMHmHpD86IliA7WAlCmGM-pBDMtudo8TZ6-NUv_YsEV2_7TPGiYsffA0x9hJ_wdK4/s1600-h/Pe.+Ir%C3%A7o+canoa.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 241px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdrWb0hkQ6WjQDrR4tuYnng4OkqIfnrz1JqRG7nTVESr6gcXgtfWx0wMaIeqFKn8zpJ-8KzzKixiFMHmHpD86IliA7WAlCmGM-pBDMtudo8TZ6-NUv_YsEV2_7TPGiYsffA0x9hJ_wdK4/s320/Pe.+Ir%C3%A7o+canoa.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5422541938274266418" /></a><br />Pontos Positivos: Celebrações e reencontros com as comunidades, preparo das próprias comunidades (fogos, cantos, ornamentos, primeiras comunhões bem preparadas pela catequese, boa participação das pessoas. Partilha no falar e no dízimo, comunhões e partilha e oração comunitária. Respeito com as lideranças. Respeito pela presença do Padre. As famílias com situação razoável, tendo alimento suficiente. <br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkOPuLRFfkr8Qw87mQr7WWa-oe7i9AONDg8UefhI-QB2fMZpulYg7ZPtrm1Irxs-tpwNUS1o3C4W_B8Ax1Qh0TMOhRIDgILeWCHL_D4LT0UwBic_FFRBexRaUjH7iyCtJcsPiLLJMUOMo/s1600-h/Pe+Ir%C3%A7o+celebra%C3%A7%C3%A3o.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 216px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkOPuLRFfkr8Qw87mQr7WWa-oe7i9AONDg8UefhI-QB2fMZpulYg7ZPtrm1Irxs-tpwNUS1o3C4W_B8Ax1Qh0TMOhRIDgILeWCHL_D4LT0UwBic_FFRBexRaUjH7iyCtJcsPiLLJMUOMo/s320/Pe+Ir%C3%A7o+celebra%C3%A7%C3%A3o.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5422541474394551138" /></a><br /><br />Consciência da preservação dos lagos e caças. Alegria pelo gesto de bombons oferecimento às crianças. A maneira de valorizar as crianças nas brincadeiras e na liturgia por meio de cantos novos. Bom entendimento da equipe, espírito de oração, de horário. Atendimento ao pedido das irmãs, disponibilidade dos membros da equipe na refeição.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh57Gu8U5U2XR7Ul1j3bdrSzdDHovRaI4SgH3Rt17XYelC4iHKWjvOzXAerXMImiAqO1uqvaqj9Re66iOq_WztrthlPbI7YYtdBL681CFBY3upg2aJQ9Kp9toOHIdoChHSjlpZDLOesKA0/s1600-h/Pe+Ir%C3%A7o+pescaria.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh57Gu8U5U2XR7Ul1j3bdrSzdDHovRaI4SgH3Rt17XYelC4iHKWjvOzXAerXMImiAqO1uqvaqj9Re66iOq_WztrthlPbI7YYtdBL681CFBY3upg2aJQ9Kp9toOHIdoChHSjlpZDLOesKA0/s320/Pe+Ir%C3%A7o+pescaria.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5422541679482910114" /></a><br /><br />Dificuldades: Entre comunidades, fofoca, bebidas, não participação de algumas famílias. <br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6SIIUYHby0rW3oOjc8XAnLbCoRPIFx4HemOmCJMY9k5Khq6zKjl6U1iQwiOFZw6rXc2NQ6IOsfGQ97K1quI2xeD2A1gB0iRpiTi9o1y9g34hOXIw9mHdAE0eG2bdsD0OVfn9H3Y-0k38/s1600-h/Pe+Ir%C3%A7o+barranco.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 218px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6SIIUYHby0rW3oOjc8XAnLbCoRPIFx4HemOmCJMY9k5Khq6zKjl6U1iQwiOFZw6rXc2NQ6IOsfGQ97K1quI2xeD2A1gB0iRpiTi9o1y9g34hOXIw9mHdAE0eG2bdsD0OVfn9H3Y-0k38/s320/Pe+Ir%C3%A7o+barranco.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5422541283289627842" /></a><br /><br /><br />Fotos Ir. Iandra.<br />Ribeirinhos do rio Madeira na Diocese de Humaitá, 06.12.2009. <br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /></span>Divino do Guaporéhttp://www.blogger.com/profile/16733427170788466300noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4443209870747050599.post-35304439567799751282009-11-22T18:20:00.002-04:002010-04-11T20:51:03.056-04:00Ataques contra bispo e padres de Guajará MirimATAQUES CONTRA BISPO E PADRES DE GUAJARÁ-MIRIM <br />EM SÃO FRANCISCO DO GUAPORÉ - RO<br /><br />O povo católico de São Francisco do Guaporé ficou revoltado pelos ataques e calúnias contra seu Bispo, Dom Geraldo Verdier, contra um padre de sua diocese, Padre Josep Iborra Plans (Pe. Zézinho) e contra o CIMI (Conselho Indigenista Missionário), por parte de políticos do Município de São Francisco e por um Deputado Estadual de Rondônia.<br />A Audiência Pública, convocada pela Câmara dos Vereadores, aconteceu no dia 7 de novembro de 2009, na Linha 6 de Porto Murtinho, na Escola Polo Pereira e Cáceres, com a presença de 150 pessoas. O Senador Valdir Raupp e a Deputada Marinha Raupp estiveram presentes numa parte da audiência. Foi depois da saída deles que o ambiente se tornou de uma violência intolerável, chegando até à instigação do povo para a efusão de sangue! Vamos aos fatos.<br /><span class="fullpost"> <br />1. Ausência do Bispo na Audiência <br />O Senhor Prefeito de S. Francisco do Guaporé, Sr Jairo Borges Faria chamou a atenção do Bispo Guajará-Mirim de modo inconveniente : “Cadê a Igreja? Cadê o bispo? Eu quero o bispo aqui explicando para a gente o que realmente está acontecendo, porque eles querem tomar nossas terras! Porque o Bispo não veio a esta audiência?<br />- Senhor Prefeito, em 31 anos de administração diocesana, jamais falhei a um compromisso assumido. Jamais fugi de uma situação de crise, de violência, de injustiça atingindo meus diocesanos. Se não estive presente em São Francisco (1.000 km de Guajará), é simplesmente pelo fato que o Presidente da Câmara não me informou, nem me convidou por internet, telefone ou fax, nem por intermédio do Pe da Paróquia, Pe Francisco Trilla.<br />Quanto à grave acusação : “Estes padres não gostam de quem planta na terra, eles querem que a gente passe fome, se humilhe na fila do sopão, que a gente fique mendigando e passando necessidade”, estas palavras demostram que Va Excia não conhece a atuação dos padres, das Irmãs e dos leigos voluntários da Igreja Católica nesta região, desde 1932. A Igreja mantém obras sociais e promocionais como o HOSPITAL BOM PASTOR (45 anos) e a Escola Profissionalizante “CENTRO DESPERTAR” (20 anos) em Guajará-Mirim, para 500 alunos, e agora está formando 1.000 operários, a pedido da Firma “Camargo Correia”, para a Barragem de Jirau. A diocese construiu, ainda em Guajará-Mirim, uma bela e espaçosa casa para os anciãos, a CASA SÃO VICENTE DE PAULO. Além do mais, criou em Costa Marques, há quarenta anos, um JARDIM DE INFÂNCIA, “BEIJA FLOR”, que forma 350 crianças, a maioria de famílias carentes. Em termos de promoção social, o padre Zezinho espalhou dezenas de placas solares para os ribeirinhos e colonos do Vale do Guaporé, e por iniciativa dele um grupo de 26 agricultores das paróquias desta região, dois deles das Linhas de Porto Murtinho, são beneficiadas por um projeto de agroecologia, e a Igreja Católica tem financiado a construção dos dormitórios da Escola Família Agrícola (EFA) de São Fancisco do Guaporé.. Temos ainda um escritório para a documentação dos Bolivianos no Brasil e uma equipe que financia telhados para os carentes, construindo sua primeira casa. <br />E quando Va Excia fala de “humilhar-se na fila do sopão”, lembro que aqui, em S. Francisco do Guaporé, o Irmão José Maria Sala atende no seu sopão, há quase 7 anos, com recursos próprios e do povo generoso desta cidade, 2 vezes por semana, 30 famílias carentes! Sopão que, infelizmente, poderá ser fechado por falta de ajuda suficiente, pois recebe apenas 400 RS mensais de vossa administração municipal. <br /><br />2. Graves acusações do deputado Estadual Lebrão<br />O senhor José Eurípides Clemente (deputado Lebrão) foi mais contundente ainda em suas ofensas e acusações. Isto me choca tanto mais, este que sempre me manifestou respeito e atenção. Nesta Audiência Pública ele passou dos limites.<br /> O primeiro ataque frontal foi contra os estrangeiros: “Não sei por que têm tantos estrangeiros aqui nessa região? Eles são todos espiões! Querem explorar nossas riquezas”. <br />Deputado, todos entenderam que Va Excia se referia ao bispo e aos padres Claretianos da região. Dizer que “são todos espiões” é uma calúnia e uma injustiça que ofendem toda a Igreja Católica! <br /> Enquanto ao número de estrangeiros, quero salientar o seguinte: Pe José Roca, Irmão José Maria, Pe Zézinho e eu mesmo somos naturalizados brasileiros. Uma vez aposentado, pretendo deixar meus ossos na beira do Guaporé, nesta terra e no meio deste povo que amo e que me manifesta tanto carinho. Para tranquilizá-lo, informo que os três quartos de meus padres são brasileiros natos!<br />Nem acreditei quando li no relato da Audiência esta afirmação que muito me chocou: “Basta olhar para os meninos de olhos azuis correndo por ai e perguntar de quem são filhos?”. Esta infeliz ironia machucou o povo católico que conhece a dignidade de vida de nossos padres e sua dedicação.<br />Enfim a declaração mais grave: “Vocês, moradores, precisam defender suas terras com unhas e dentes, nem que corra sangue na canela!”. Deputado, esta incitação à violência dá a impressão que regredimos num tempo em que a Amazônia era uma terra sem lei! O que não é o caso, o senhor bem sabe! <br /><br />Tudo isso me deixou estarrecido! Passamos agora à posição da Igreja no conflito entre colonos e índios, que motivou a Audiência Pública: .<br /><br />Sabemos que anos atrás, ali no Limoeiro e no Rio Mané Correia , tinha índios e foram expulsos de suas terras. A história nos diz isso e os documentos o comprovam.<br />Sabemos que muitos posseiros, vieram de outros lugares à procura de um pedaço de terra para o sustento de suas famílias, sem saber se ali seria área indígena ou não. Muitos morreram com malária e outras doenças. Outros não suportaram o sofrimento e foram embora. Mas muitos resistiram às doenças, estradas ruins, dificuldades financeiras e etc. E hoje, essas pessoas se encontram com a grande preocupação de perderem suas terras.<br />A igreja, nem o CIMI, tem poder de decidir se as terras voltam para os índios ou se ficam com os posseiros. Isto é privilégio e dever dos orgãos governamentais, que só respondem pela demarcação de terras. <br />Portanto, a Igreja e o CIMI não respondem pela demarcação de terras, como alguns dizem ou pensam. A Igreja, porém, não pode ficar fora da luta. Ela sempre está e estará ao lado dos mais injustiçados e sofridos. <br />Nós, Bispo, Padres, Irmãs, missionários leigos, brasileiros e estrangeiros não possuímos nenhumas terras aqui. Somos simplesmente enviados em missão de evangelizar e de lutar por um mundo mais justo.<br /> O Padre Zezinho, o mais criticado, tem visitado as comunidades dos ribeirinhos e ajudado naquilo que ele pode. Não existe nenhum político que tenha feito um trabalho a favor deste povo ribeirinho (saúde, reconhecimento das comunidades quilombolas e placas solares) como o padre Zezinho, povo esse, que muitas vezes fica abandonado pelos políticos.<br />Nós como Igreja, vamos continuar fazendo a nossa parte. Por isso, diante dos fatos ocorridos, declaramos que:<br />• Os Índios Puruborá têm o direito de recuperar uma parte das terras que lhes tiraram; e os Índios Miguelenos têm o direito de voltar à área do Limoeiro que eles reivindicam.<br />• Nenhum pequeno produtor que conseguiu sua terra com esforço e dignidade, perca esta terra ou seja prejudicado.<br />• As autoridades responsáveis pela demarcação de terras agilizem esta demarcação, para que todos, índios e colonos, tenham paz e possam viver como irmãos.<br />• Qualquer pessoa, antes de acusar a Igreja, procure conhecer o trabalho que ela realiza com amor e justiça há décadas! <br /><br />Dito isto, vamos continuar, com serenidade e confiança em Deus, o nosso trabalho de evangelização e lutar, sem ódio, mas com firmeza, por um mundo de justiça, solidariedade e paz.<br /><br />São Francisco do Guaporé, 20 de novembro de 2009<br /><br /> <br />Dom Geraldo Verdier<br />Bispo de Guajará-Mirim<br /><br /><br /><br /></span>Divino do Guaporéhttp://www.blogger.com/profile/16733427170788466300noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4443209870747050599.post-72181278030302968732009-11-05T20:18:00.013-04:002010-04-10T20:47:22.509-04:00Reforma do barco Dom RobertoO dia 20 de setembro um forte temporal de chuva e vento pegou de lado e tombou o barco da Pastoral Fluvial, que estava varado na praia de Curralinho, durante o Festival de Praia de Costa Marques.<br /><br />Ninguém estava no interior do "Dom Roberto" e graças a Deus ninguém se feriu. Não foi difícil ergue-lo de novo naquele lugar, quase raso, porém as autoridades da Marinha de Guajará Mirim, que estávam fiscalizando o evento, apreenderam o barco e exigiram em praço de noventa dias apresentação de "laudo técnico quanto a estabilidadse da embarcação".<br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5SydwRlDvccu61ZOLJD5ZSi81xF1c5hrWU45dvKCY9m5Pzh455QAkpr_TS4k1brX9AMa7Ah-c9PHA7y5Tkp5ejB4h5n08i_o_R3JGKgyr5_dNjV80r2OyBRrnmiyoW1Asp39Hj-LRQCw/s1600-h/DOM+ROBERTO+REFORMADO2.JPG"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5SydwRlDvccu61ZOLJD5ZSi81xF1c5hrWU45dvKCY9m5Pzh455QAkpr_TS4k1brX9AMa7Ah-c9PHA7y5Tkp5ejB4h5n08i_o_R3JGKgyr5_dNjV80r2OyBRrnmiyoW1Asp39Hj-LRQCw/s400/DOM+ROBERTO+REFORMADO2.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5400780838786749794" /></a><br />O único engenheiro técnico naval habilitado de Rondônia é o senhor Eleazar Ramos Gálvez, de Porto Velho, que pediu 1.500,00 $R para realizar o laudo técnico exigido pela Marinha e dictaminou a necessidade de reformar o barco, desmachando todas as cabinas do segundo andar, a exeção da cabina de pilotagem, autorizando em contrapartida a fechar o andar inferior.<br /><span class="fullpost"><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_5WIqkVLT5B43WRRIIOzk5eXuzTcfMyLMZauREPXj5KcZDkt4uXdlI22j1efP8nr7AlHhwUpfpiU6WjT-A_uAW7uhqv3xSczXDY-y0W77k2YF9UTej6GDsXQxOVd1V8tfZ_TrjsY2Bbk/s1600-h/DOM+ROBERTO+REFORMADO.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_5WIqkVLT5B43WRRIIOzk5eXuzTcfMyLMZauREPXj5KcZDkt4uXdlI22j1efP8nr7AlHhwUpfpiU6WjT-A_uAW7uhqv3xSczXDY-y0W77k2YF9UTej6GDsXQxOVd1V8tfZ_TrjsY2Bbk/s400/DOM+ROBERTO+REFORMADO.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5400791633294523490" /></a><br /><br /><br />O construtor do barco, Jeová Marcolino da Silva, está realizando esta reforma, para a qual foi necessário compra de chapa galvanizada, madeira, tinta e materiais diversos, com elevado custo para a Pastoral Fluvial. Estes custos estão sendo calculados na faixa de 5.630,00 $R.<br /><br /><br />Estamos confiantes que o barco possa estar funcionando e liberado para as celebrações natalinas nas comunidades do Rio Guaporé. O prejuiço econômico será grande, porém esperamos que esta reforma aumente as condições de segurança na navegação, a fim de que no trabalho missionário da Pastoral Fluvial ninguém venha a sofrer nenhum acidente.<br /><br />Daqui fazemos um chamado a quem quiser ajudar contribuindo nas despesas, entrando em contato com a diocese de Guajará Mirim a través deste blog ou do site: www.dgm.org.br. Obrigados. Pe. Josep Iborra.<br /><br /><br /></span>Divino do Guaporéhttp://www.blogger.com/profile/16733427170788466300noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4443209870747050599.post-70700481509871815732009-10-13T18:01:00.007-04:002009-10-26T12:05:00.924-04:00Briga de igrejas na área Indígena Rio BrancoTrês igrejas pentecostais estão brigando por conseguir adeptos entre os indígenas da Área Indígena Rio Branco, de Rondônia. Além dum pastor indígena do povo terena, que alguns anos atrás construiu sua primeira igreja na aldéia de São Luiz do Rio Branco, agora um indígena tupari deixou o seu emprego como piloto de voadeira da Funasa para se formar como pastor fora de sua região de origem.<br />Enquanto outros resistem a demonização de seus costumes, como a bebida da chicha e a celebração de festas tradicionais, com danças e cantos. E se declarando católicos: "Eu sou católico desde criança e não largo a minha religião" alguns fazem qüestão de declarar. <span class="fullpost"> <br />A Virgínia e alguns companheiros do CIMI e da Pastoral Indigenista de Ji Paraná, faz muito anos que visitam a área indígena e acompanham a vida deste povo. Eles fazem um bom trabalho animando a organização dos indígenas e lhes ajudando a cobrar políticas públicas das autoridades. Porém agora eles nem querem saber de religião em meio desta briga. "Só falta nós os católicos também contruir capela e fazer batizos", falam para mim. <br />Pois por minha parte faz anos que me pedem para ir lá no dia 04 de outubro. No meio da assembléia do CIMI em Porto Velho os indígenas do Rio Branco me ligavam perguntando se já estava indo lá para fazer batizados. <br />Esta é a primeira vez que consigo no dia que els tem constume festejar. Vamos por terra, emprestando o Toyota dos cooperadores de São Miguel e carregando barraquinha, fogão e o motor de rabeta de Costa Marques. Me acompanha o Murilo, da CPT de Uberlândia, e o Víctor Cojubim para pilotar o bote no rio, que o pessoal do Rio Branco vai emprestar para nós. <br />Seu Anderé e Dona Juracy Macurap tem costume de matar um boi e celebrar todo ano a Festa de São Francisco na sua casa de Barranco Alto, convidando o seu compadre, Seu Tonico e outros amigos brancos, da Comunidade de Nossa Senhora Aparecida e de Santana do Guaporé, do município de São Miguel do Guaporé. Eles moram vizinhos a área indígena e andam três horas pela mata para chegar até a aldéia, ou dão um grande rodéio por Nova Brasilândia atravessando sua moto pelo Rio Branco num bote de remos. O ano passado veio algumas irmâs de São Miguel. Depois da festa algumas famílias indígenas retornam o convite participando o dia 12 de Outubre da Festa da Padroeira da comunidade católica na Linha 109 de São Miguel do Guaporé. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihY4P7YBjQMYwiomJs1ixTGUaQzb6jmQh4kmQl1ICCDRyup0lyUk2lnDRQTzY0mxZt0crwCQ1R3KdQUTmCSfgeJiURGJnmqJW53yYc2JLDlDybVRyXCMCvzeJFw-o8GLijiZZ1czRhYvE/s1600-h/Xinita+Cruzeiro+D.Rei.JPG"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihY4P7YBjQMYwiomJs1ixTGUaQzb6jmQh4kmQl1ICCDRyup0lyUk2lnDRQTzY0mxZt0crwCQ1R3KdQUTmCSfgeJiURGJnmqJW53yYc2JLDlDybVRyXCMCvzeJFw-o8GLijiZZ1czRhYvE/s320/Xinita+Cruzeiro+D.Rei.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5393660415142060722" /></a> Outros como o Rui e o Fernando Canoé fazem qüestão de mantér em pé o cruzeiro que Dom Rey, primeiro prelado da Diocese de Guajará Mirim, ergueu a beira do Rio Branco, lá pelo ano 1936. Foi o Rui Canoé quem me pediu de visitar a Àrea Indígena do Rio Branco. Ele estava visitando sua mãe na aldéia de Ricardo Franco, na AI do Guaporé, quando passei visitando a comunidade. "Lá no Rio Branco não vem nenhum padre, depois que o Pe. Paulo Verdier foi embora". Sempre com muita dificuldade de subir de barco pela boca do Branco, consegui chegar ao Palhal e até a aldéia do Colorado. Em todos os lugares fui muito bem recebido por todo o mundo pedindo de voltar outras vezes para batizar as crianças e celebrar missa. Tinham sobrado umas placas solares de Ricardo Franco, e eles aceitaram alegres de recebe-las. <br /><br />Quando consegui a primeira vez chegar até São Luiz o Rui Canoé me contou que ele era devoto do Divino, a grande devoção do Rio Guaporé. "Aqui todo ano matamos um boi o dia da Festa do Divino". Diz que quando veio o pastor crente ele ajudou a construir a igreja e que um dia contou para o pastor: "Minha mãe estava doente de uma perna e não conseguia sarar. Fizemos uma promesa ao Divino e ela curou. Depois quando viemos morar aqui em São Luiz, o nosso gado não parava de morrer ervado ou por outros motivos. Fizemosa promesa de oferecer todo ano um boi para a Festa do Divino e o problema como o gado acabou." O pastor lhe respondeu: "O demônio as vezes faz coisas erradas para confundir a gente". O Rui diz para mim: "Eu sou católico. Eu não fui mais na igreja crente. Quero que o senhor me arrume uma Bandeira do Divino para continuar festejando o seu dia". O ano passado levei a Bandeira que a Irmandade cedeu para eles do cofre do Divino.<br /><br />Quando comecei a fazer rezas na Área Indígena, eu dizia para eles que católico não quer tirar nenhuma cultura indígena, que quando o povo morava nas malocas, antes de conhecer a Bílblia e qualquer tipo de escrita, o Espíritu Santo de Deus já tinha espalhado sua luz e sabedoria nos seus antecessores para que vivessem e vivessem muito bem. Por isso eles tinham que ter muito respeito pelas histórias que contam os mais velhos, pois elas foram inspiradas também por Deus pra aseu pais e avôs. Para eles são verdadeira Palavra de Deus. <br /><br />Uma vez contei para o professor de Colorado, um dos poucos que já começou a escrever na língua tupari, que a Bíblia, antes de ser escrita, também era somente contada nas histórias que os mais velhos aprendiam e contavam para os seus netos. Somente depois começou a ser escrita. "Então, as histórias que nós conhecemos são a nossa Bíblia", ele disse, brilhando os olhos. Isso mesmo, confirmei: "São a Bíblia de vocês". Depois eu tenho repetido isso muitas vezes.<br /><br />Por isso nas celebrações, no começo, eu levava um livro da Betti Midlin com lendas recolhidas dos povos macurap, tupari e jabuti. Eu animava no começo da celebração a contar alguma história indígena, ou pedia para ler alguma das histórias. Eu tinha visto fazer isso aos meus companheiros claretianos do Panamá, que faz décadas trabalham com o Povo Puna, em ilhas do Oceano Atlântico. Aos poucos, alguém se animava a contar alguma história. <br /><br />Desta vez o fizeram seu Anderé e dona Juracy Macurap, na celebração do dia 04 de Outubro. Eles nos contam a história duma personagem mítica, o criador da origem do povo macurap, que eles identificam com Jesus, e duma mulher, irmâ do primeiro, que identificam com a Virgem Maria. Seu Tonico e os amigos católicos jamais tinham ouvido contar histórias assim. Por nossa parte, nós puxamos parte do terço e lemos a oração de São Francisco que tinha trazido Seu Tonico e cantamos diversos cantos de igreja, antes do almoço festivo. <br /><br />Já em Jatobá, nos espera o Luiz para batizar o seu filho caçula. O Luiz é piloto da voadeira da saúde e é filho de pai branco e mãe indígena. Como padrinhos tinha escolhido um jovem casal de Alta Floresta, que trabalha na Funasa. Eles queriam ser compadres. O batismno de crianças é uma clara ocasião de fazer aliança, de selar uma amizade. O compadrio é uma instituição que cria parentesco e compromisso de mútuo apóio. O Luiz conta: "Alguns crentes já me tem chamado de 'demôniozinho', brincando comigo, pois eu não abro mão de minha costume de preparar e beber chicha nas festas. Eu não aceito isso. Eu sou católico e exijo respeito para com nossas costumes". Celebramos o batismo na casa de chicha. Depois do batismo continua uma festa dançante animada pela música de som do carro dos padrinhos, com presença de muitos vizinhos.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizttOSGi5STldMs1EtkDdpRKb9XCfglIiApRH8WUKqJPX6B_bP-hqz3242g0PifnPP93SplYHtCsTBnR78yMWG7mMGDeJF_y_p23h3OT7EquPMFxGkxp8wfdzd3vPjfWXBMshz8lehMAI/s1600-h/Dna.+Etelvina+Palhal.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizttOSGi5STldMs1EtkDdpRKb9XCfglIiApRH8WUKqJPX6B_bP-hqz3242g0PifnPP93SplYHtCsTBnR78yMWG7mMGDeJF_y_p23h3OT7EquPMFxGkxp8wfdzd3vPjfWXBMshz8lehMAI/s320/Dna.+Etelvina+Palhal.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5393660962902738194" /></a><br />Lá mesmo achamos o Dario. Sua sogra, Dona Entelvina, é uma das anciãs do povo tupari, que lembra dos cantos, danças e histórias tradicionais. "Dona Etelvina já está lhe esperando para contar algumas histórias", me diz o Dario. Ele se adianta na viagem. Nós somente conseguimos chegar no Palhal depois de dois dias de viagem de rabeta. Dona Etelvina já estava preparada para contar sua história: "As crianças já não querem me ouvir", reclama dos jovens i crianças do Palhal. Porém na celebração eles escutam a história do homem que anunciou para sua mulher e família que iria morrer, porém que cinco dias depois ele iria voltar vivo. Quando morre, os seus não acreditam no seu retorno, e sem atender seus desejos, choram e fazem luto por ele. Quando ele volta, cinco dias depois, ninguém está esperando por ele e não é bem recebido. Chateado, acaba indo embora para sempre. A história tem paralelismo claro com o anuncio da ressurreição de Cristo ao tercer dia, porém o resultado é bem diferente. Eu tinha arriscado rezar uma missa e explico com dificuldade o sentido do pão e do vinho da eucaristia, deixados por memorial do corpo e sangue de Jesus antes de sua morte. Lemos a leitura do evangelho dia da Aparecida: o milagre das bodas de Canáa. "O que acham, Jesus se morasse aqui iria gostar de chicha?" Todos acham que sim. Assim, o Misterio da Vida e da Morte se encontram para partilhar a nossa realidade humana e mortal a luz da fé e da revelação.<br />O Dario ja pediu em fevereiro ajuda para construir uma capela católica no Palhal, e me repassou uma lista do material que seria necessário para construir uma capela de madeira serrada e telhado de palha. Porém eu tinha perdido a lista. Ele faz outra nova que não esquece de me entregar.<br /> <br />Além disso, paro em outras comunidades, como em Encrenca, Serrinha, Cajuí, Colorado. Ninguém fala em reza e eu fico quieto. O pessoal da associação indígena agradece a ajuda que o barco da Pastoral Fluvial deu para traslhadar um gado, quando não tinham nenhuma chata para o serviço. Eles pedem para lhes ajudar a conseguir e instalar um motor de centro numa chata de 3x10 m. que tem construído em Versalhes e que na próxima semana querem subir para o Branco. <br /><br />A guerra de religiões está virando uma guerra de favores. Quem batiza na igreja crente consegue carona do pastor para ir até Alta Floresta comprar rancho. Quem desvia da igreja não vai mais. Eu comecei instalando placas solares e para mim alguns pedem lâmpadas ou uma placa solar, pois as que instalamos não deram para todo o mundo. Eu liguei para os responsãveis do programa Luz para Todos e confirmaram para mim, antes da viagem, que a construão da linha de energia para São Luiz já está em "fase de excução". A linha chega até depois do distrito de Geaze, a uns trinta quilômetros de São Luiz. Em realidade não achamos no caminho ninguém trabalhando nela, nem vemos postes, nem material, nada. "Uma empresa começou a furar os buracos dos postes, porém desistiu". Contam os indígenas. <br />A metade de caminho de Alta Floresta uma represa do Grupo Cassol está acabando de ser construída, contra a vontade deles, inclusive destruindo um antigo cemitério do povo Jabuti. E eles continuam sem energia. Querem as placas solares, porque não confiam que a energia das PCH chegue para eles. "O pastor conseguiu para mim a bateria", confessa um morador de Encrenca. <br />Um numeroso grupo está subindo num bote para assistir a um congresso da igreja em Pimenta Bueno. Em Jatobá, onde começa a estrada de chão, nós deixamos o Toyota. Eles chegamn para pegar o caminhão que os levará. O pastor deixou para eles motor, gasolina e diesel para a viagem. Muitas mulheres esperam vender artesanato lá em Pimenta Bueno. <br />Fico me perguntando como nós temos que dançar nesta dança. Já em São Luiz outra liderança da aldéia Bom Jesus para o carro, para pedir também placas solares: "A bateria, a gente da um jeito". Com algum pastor, seguramente.<br /></span>Divino do Guaporéhttp://www.blogger.com/profile/16733427170788466300noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4443209870747050599.post-56816794524410847652009-10-13T17:46:00.007-04:002009-10-13T18:01:29.303-04:00MPF faz reuniões com quilombolas de Rondônia<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifYpWNZGeXtzxmS0zYw97BNL_y7dSTi0-BoE9UXzO4E-C0ff3xd2vi7FIgOmxqy7cl-uHBqlDI2tYDowf2k2ARFFiBp5vGBo3llYIHMo_V57Y7wOLnffUeickTzlq8eIMmzwTl909n9Ho/s1600-h/Imagem+1173.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifYpWNZGeXtzxmS0zYw97BNL_y7dSTi0-BoE9UXzO4E-C0ff3xd2vi7FIgOmxqy7cl-uHBqlDI2tYDowf2k2ARFFiBp5vGBo3llYIHMo_V57Y7wOLnffUeickTzlq8eIMmzwTl909n9Ho/s320/Imagem+1173.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5392205070068463186" /></a><br /><br />Em parceria com a CPT Rondônia ajudamos a convocar e organizar no dia 01 de Outubro de 2009 uma reunião em Costa Marques do Ministério Público Federal com representantes das comunidades quilombolas de Rondônia. Vejam uma crônica que apareceu no site Observatório Quilombola nestes dias. As fotografias são cedidas por Murilo de Souza.<br /><br />"Seis comunidades quilombolas reuniram-se com procuradores da República e relataram suas dificuldades<br />Na última semana, representantes do Ministério Público Federal (MPF) em Rondônia fizeram reunião com as comunidades quilombolas que moram nos municípios de Costa Marques, São Miguel do Guaporé, São Francisco do Guaporé e Pimenteiras do Oeste. A reunião ocorreu no salão paroquial da igreja matriz de Costa Marques. Os procuradores da República Daniel Fontenele e Lucyana M. Pepe Affonso de Luca ouviram dos quilombolas as dificuldades por que passam em suas comunidades. .<span class="fullpost"> <br />Eles vão acompanhar a destinação de recursos do governo federal e cobrar que as prefeituras e outros órgãos públicos atendam aos quilombolas e apresentem projetos em benefício das comunidades. Compareceram à reunião representantes das prefeituras de Costa Marques e São Francisco do Guaporé e da Secretaria Estadual de Assistência Social.<br />Todas as comunidades quilombolas enfrentam problemas em comum: falta de demarcação de suas áreas, dificuldade no acesso às cidades, precariedade no atendimento à educação e saúde, não fornecimento de energia elétrica (exceto Forte Príncipe e Pedras Negras), não fornecimento de água e saneamento básico e falta de desenvolvimento de projetos e atividades sustentáveis. Em Costa Marques existem duas comunidades quilombolas: Santa Fé, com 86 habitantes, e Forte Príncipe da Beira, que tem 314 moradores. A prefeitura de Costa Marques estava presente à reunião e afirmou que fará atendimento local nas próprias comunidades de Santa Fé e Forte Príncipe da Beira. O MPF irá fiscalizar a implantação deste atendimento. A prefeitura também informou que não há recursos no orçamento deste ano para atender o pedido de construção de uma escola na comunidade Santa Fé e que planeja implantar um sistema de ensino modular no local. O MPF pretende viabilizar um acordo com a Universidade de Rondônia e o Incra para que antropólogos realizem o levantamento necessário à demarcação daquele território quilombola.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaOHnETsInwgvpQcpJ15MUqc0XiXIOU28FRanDIsjNR9bVvqWeG2_DdL2V3djCSjyg1ZkApcflOsrKeISh3BIv2fCGqNtyBW4ZXs0csCosFRym7ARM1bj-MgY73wIYmMKaR1GmYbq4aeA/s1600-h/quilombolas+2.JPG"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 224px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaOHnETsInwgvpQcpJ15MUqc0XiXIOU28FRanDIsjNR9bVvqWeG2_DdL2V3djCSjyg1ZkApcflOsrKeISh3BIv2fCGqNtyBW4ZXs0csCosFRym7ARM1bj-MgY73wIYmMKaR1GmYbq4aeA/s320/quilombolas+2.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5392204771987280786" /></a><br />Na comunidade de Forte Príncipe da Beira, os quilombolas sentem-se ameaçados pelo Exército. Reconhecidos pela Fundação Palmares como quilombolas, eles ainda não possuem assistência pública da prefeitura. Eles solicitaram apoio do MPF para solucionarem os problemas de relacionamento com o Exército e a falta de assistência por parte do poder público municipal.<br />Em São Francisco do Guaporé, existem as comunidades Santo Antônio do Guaporé (66 moradores) e Pedras Negras (97). A primeira tem “ambulancha” (lancha-ambulância), mas não tem o combustível para seu funcionamento. O posto de saúde é precário, mas há remédios básicos. Não tem agente de saúde. A escola está sem carteiras, sem paredes e é multisseriada. A prefeitura disse que pretende construir uma escola na localidade. Os quilombolas de Santo Antônio estão dentro da reserva biológica Guaporé e querem a demarcação das terras. Os quilombolas relataram que reportagens divulgadas sobre racismo e contaminação por HIV (Aids) prejudicaram a imagem dos moradores.<br />Na comunidade Pedras Negras, os moradores estão em uma reserva extrativista estadual e enfrentam problemas na área de demarcação de terras, saúde e educação, tendo um posto ainda em construção, uma escola antiga em madeira e dificuldades no acesso à cidade.<br />A comunidade de Jesus (60 habitantes), em São Miguel do Guaporé, e a comunidade de Laranjeiras (6 famílias), em Pimenteiras DOeste, pediram intervenção do MPF para solucionar problemas em saúde e energia elétrica, além da necessidade de agilizar as demarcações de seus territórios."<br /><br />Fonte: Na Hora Online em 09/10/2009<br /></span>Divino do Guaporéhttp://www.blogger.com/profile/16733427170788466300noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4443209870747050599.post-50926645753768305582009-09-27T18:50:00.004-04:002009-09-27T19:00:06.188-04:00Chico Mendes deve estar removendo-se dentro do seu túmulo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcESmHIWgtvXyiFCW9OHYsWJ8LoNQgs9aiYLlUQ3dGoVkbtXco-k7W_g8H0dX06PNJnHC1Aijt6VYHgPj8obsZos3v2eWnJyWhYUurrFWL062gkzSkP0AiXmuj3KbbG3GWJtloCaTfvpw/s1600-h/Chico_Mendes.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 197px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcESmHIWgtvXyiFCW9OHYsWJ8LoNQgs9aiYLlUQ3dGoVkbtXco-k7W_g8H0dX06PNJnHC1Aijt6VYHgPj8obsZos3v2eWnJyWhYUurrFWL062gkzSkP0AiXmuj3KbbG3GWJtloCaTfvpw/s400/Chico_Mendes.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5386283922425855346" /></a><br /><br />Francisco Alves Mendes Filho, mais conhecido por Chico Mendes, deve estar se removendo dentro do seu túmulo, depois de ver o que em seu nome está fazendo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO). Este organismo criado no ano passado pelo Ministério de Meio Ambiente tem como missão a gestão das unidades de conservação federais. <br />Porém Chico Mendes defendeu a natureza pensando em seu povo, os seringueiros que sofriam as consequências da destruição da floresta. Enquanto que o ICMBIO está atacando duramente algumas comunidades tradicionais que durante séculos viveram em harmonia com a natureza.<span class="fullpost"> <br />Não estou me referindo a invasores de unidades de conservação, como a Flona de Bom Futuro. Finalmente lembraram que esta reserva federal existia, depois que ela fosse invadida e destruída a maior parte. O trabalho atual do Instituto Chico Mendes para tirar os invasores merece todo o meu respeito e possivelmente teria também a simpatia de Chico Mendes.<br />Estou me referindo à comunidade quilombola de Santo Antônio do Guaporé. O local desta comunidade foi incluída na Reserva Biológica do Guaporé, criada em 1982, acima do mesmo local onde a comunidade morava, trabalhava e ocupava fazia séculos. Para eles no começo prevaleceu o bom senso, deixando que a comunidade continuase permanecendo no mesmo local, até agora. <br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir64GxMjg9oRzrLDdnb_7GYMV8a85TX5fbUdEn9d8AeXJ91b7BGHXOr6J51rssOcgHmjp5NedID3w9KBKr7s_XOX7AnrNSWEnAKaBAGApcXXc0Tgm0mphACmWZAt28ChZBi9wU2E41lIU/s1600-h/sto+antonio.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir64GxMjg9oRzrLDdnb_7GYMV8a85TX5fbUdEn9d8AeXJ91b7BGHXOr6J51rssOcgHmjp5NedID3w9KBKr7s_XOX7AnrNSWEnAKaBAGApcXXc0Tgm0mphACmWZAt28ChZBi9wU2E41lIU/s320/sto+antonio.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5386284942485959730" /></a> Porém o bom senso não parece estar guiando os atuais responsáveis do ICMBIO, que aqui e em outros lugares resistem a legalizar o direito constitucional das comunidades quilombolas e tradicionais a seus territórios. Numa reunião acontecida a finais de agosto, um diretor do ICMBIO de Brasília apresentou para a comunidade um termo de compromisso inaceitável. Este documento exigiria aos membros da comunidade pedir autorização para realizar qualquer actividade, seja agricultura, criação de animais, caça o pesca de subsistência, construção de casas e até para tirar palha para os telhados. <br />Em síntese, exigiria autorização para tudo, restringindo qualquer atividade dos moradores da comunidade. Até qualquer parente ou visitante que quiser ir na comunidade teria que tirar autorização no Ibama de Costa Marques. Até para rezar missa na capela da comunidade teria que tirar autorização. <br />Com esta proposta os responsáveis do ICMBIO perderam uma boa aoportunidade para abrir um diálogo frutífero com a comunidade, que durante décadas vem sofrendo esta agressão: A criação duma reserva biológica que não teve em conta os moradores que já existiam no lugar, e que acabou tornando o Ibama em invasor do território tradicional da comunidade quilombola. Precisamente porque eles tinham vivido durante séculos de forma sustentável, mantendo e cuidando a natureza, como continuam a o fazer até agora.<br />Já estaria na hora do ICMBIO começar a ver as comunidades tradicionais como seus possíveis aliados para conservar e guardar as reservas e unidades de conservação. Já está passando da hora de reparar a injsutiça histórica cometida na criação da reserva biológica e devolver o território que é deles para à comunidade, para uso e manejo sustentável no entorno da Reserva Biológica.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1dG47LQYrUhj5jLZoph0yPV2qyiRKbVeyZpiMyLkPqW3Gi4X7Uqh9sgU9e-EmeX5Lw3ST5RFAhf_4JyZko_XV0IOHQdv6TEQVitE_Tus4P4GG0byhe5dE7vyBAbOB07XA0gk3gt2cu9g/s1600-h/sto+antonio2.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1dG47LQYrUhj5jLZoph0yPV2qyiRKbVeyZpiMyLkPqW3Gi4X7Uqh9sgU9e-EmeX5Lw3ST5RFAhf_4JyZko_XV0IOHQdv6TEQVitE_Tus4P4GG0byhe5dE7vyBAbOB07XA0gk3gt2cu9g/s320/sto+antonio2.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5386285563022626690" /></a><br /> Neste sentido, os responsáveis brasileiros das unidades de conservação teriam que olhar para o exemplo de gerenciamento de seus vizinhos bolivianos, do AP-ANMI Iténez, que mantém áreas de manejo sustentável das comunidades junto com outras áreas de natureza intocada. Este modelo misto parece estar dando muito bons resultados.<br />Porém o Termo de Compromisso apresentado pelo Instituto Chico Mendes seria uma proposta ridícula e absurda, se não tivesse resultado extremamente humilhante para os moradores da comunidade quilombola: "Já não estamos mais no tempo da escravitude" reclamaram. Até que parece que os responsáveis do ICMBIO ainda não se deram conta. <br /><br /></span>Divino do Guaporéhttp://www.blogger.com/profile/16733427170788466300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4443209870747050599.post-40659107923853885562009-09-24T18:50:00.002-04:002009-09-24T18:56:05.214-04:00A natureza agradece<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyV4K8xV_M3wr0DGF7DqFdNhoTSP8pz3ZdIAkct0ma0Ol8aN_y0oGm7uLfQlaHetiTjLHFhBWmbpmOUBt7nky6cyJE0fYUCI_jkz-XiXtMPqjZwvCr0LFTPxXrhwaUR5Z8mHG6hsyRqro/s1600-h/mudas.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 160px; height: 92px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyV4K8xV_M3wr0DGF7DqFdNhoTSP8pz3ZdIAkct0ma0Ol8aN_y0oGm7uLfQlaHetiTjLHFhBWmbpmOUBt7nky6cyJE0fYUCI_jkz-XiXtMPqjZwvCr0LFTPxXrhwaUR5Z8mHG6hsyRqro/s400/mudas.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5385171507793649250" /></a><br />Logo que reduziram as queimadas, as chuvas aumentaram. Este periodo era o pior tempo do ano em Rondônia, quando as queimadas multiplicavam-se por todos lados<br /><br />Calor asfixiante e fumaça convertiam o ambiente em irrespirable. O fogo se alastrava sem controle, queimando pastos, cafezais, árvores e a floresta reseca. Ninguém conseguia segurar o fogo.<br /><br />Contra minhas próprias previsões, este é o segundo ano que a gente sentiu notável redução das queimadas em Rondônia. Deve ter sido resultado das intensas fiscalizações das autoridades e organismos públicos ambientais, aplicando rigurosas multas. <span class="fullpost"> <br />Não estou dizendo que ninguém tenha derrubado e queimado floresta: Tem pessoal teimando, sim. Porém, depois de tantos anos de pressão internacional por salvar a Amazônia, o governo do Brasil começou a aplicar alguma política efetiva de contenção da desflorestação. <br />O que tem sido incrível é que os resultados no meio ambiente tem chegado de forma imediata. Poucos anos atrás um comentarista de Porto Velho escrevia: calor intenso, ambiente asfixiante... Aquí o aquecimento global não é previsão científica, ele ja está acontecendo mesmo. Porém este ano as chuvas começaram mais cedo, chovendo bastante em agosto e aumentando em setembro. <br />Em alguns lugares está parecendo que já entramos na época das chuvas. As árvores da mata florescem por todas partes. Os agricultores alegres com os cafezais cheios de carga. Alguns já se animaram a plantar mais café: até pouco o fogo era uma ameça constante, impedindo culturas permanentes. Por todas partes os pastos estão verdes, as vacas gordas, de ubres cheias de leite. O nível do Rio Guaporé está alto para o tempo e parece que já não secará mais este ano.<br />Valeu o sacrifício de começar a parar de derrubar e queimar a mata. A luta do mundo pela Amazônia começa a dar resultados. E o ambiente está respondendo com generosidade, com chuvas abundantes. A natureza agradece.<br /></span>Divino do Guaporéhttp://www.blogger.com/profile/16733427170788466300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4443209870747050599.post-81419046261827390602009-08-30T09:08:00.007-04:002009-08-30T09:28:09.842-04:00A malária aumenta com as Hidreléctricas do Rio Madeira<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEio5ja7Pvob7IciQQdqgg3sAPQ6riZm9XgqnERSfJ7JQpvN1a09zIhzrmwCuQZoe8do9xb2Hm0G3cKdB8D-82f8zVdrxhEtNQNnPm3zbz8-I8WR_GK8LcgFmZ4WobID7Vr_Reu6Hs4jQvs/s1600-h/Nova+Mutum.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 228px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEio5ja7Pvob7IciQQdqgg3sAPQ6riZm9XgqnERSfJ7JQpvN1a09zIhzrmwCuQZoe8do9xb2Hm0G3cKdB8D-82f8zVdrxhEtNQNnPm3zbz8-I8WR_GK8LcgFmZ4WobID7Vr_Reu6Hs4jQvs/s400/Nova+Mutum.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5375745221096028370" /></a><br /><br />"A construção da Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (RO), fez com que o número de casos de malária no distrito de Jaci-Paraná aumentasse 63,6%".<br /><br />Afirma Sabrina Craide, repórter da Agência Brasil. Ela cita como fonte os registros do Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental de Porto Velho: De janeiro a julho de 2008 foram registrados 931 casos de malária na localidade e, no mesmo período deste ano, o número subiu para 1.524. <span class="fullpost"> <br /><br />Para a diretora do departamento, Rute Bessa, os números podem ser explicados pelo aumento da população do distrito, que praticamente triplicou desde o início das obras da hidrelétrica. “As pessoas que trabalham na Hidrelétrica de Santo Antônio [também no Rio Madeira], devido à proximidade, moram na cidade. Em Jaci Paraná, os trabalhadores da hidrelétrica de Jirau ficam num alojamento no local das obras, então acabou aumentando muito a população do distrito”, explicou. Jaci-Paraná fica a cerca de 80 quilômetros de Porto Velho.<br /><br />Apesar que a Energia Sustentável do Brasil, concessionária responsável pela Usina de Jirau, afirma realizar esforços para que não apareça um surto de malária na região, os dados confirmam um dos temores existentes desde os primeiros debates sobre as Hidroeléctricas do Río Madeira: A possibilidade que se repita a epidemia que houve durante a construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, a inícios do século XX.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvm8yzZ_XftVErrXEXvXeoRKRrWwKQqYblrX2aEjUez0Yzm9nukv-z4nm2EeWLNORMpeAdgEvTLimVI8qB3R27O_1hyphenhyphent_byBC-hd0u29ex7DQV3zOIGzR44XuTqPKmG4YvBQ-jJruUuw8/s1600-h/sede+empresa+jirau.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 249px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvm8yzZ_XftVErrXEXvXeoRKRrWwKQqYblrX2aEjUez0Yzm9nukv-z4nm2EeWLNORMpeAdgEvTLimVI8qB3R27O_1hyphenhyphent_byBC-hd0u29ex7DQV3zOIGzR44XuTqPKmG4YvBQ-jJruUuw8/s400/sede+empresa+jirau.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5375745475185593682" /></a></span>Divino do Guaporéhttp://www.blogger.com/profile/16733427170788466300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4443209870747050599.post-37939965018277677202009-08-06T19:34:00.005-04:002009-08-06T20:07:08.996-04:00Alimentação sadia e abundante<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI5wBmwjao6YJnlKvGLLrVm3bZ2Mto2ECN-zv6TKIHAPr9-IQBJ4Qbi7ooXVvVqovPae3II5_M55RVIf73qkqGcZ8lJggUcB_ymRB2xVURDyniAES8wpuk-ouFfG9djICiW_lJWoaFRo4/s1600-h/untitled.bmp"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI5wBmwjao6YJnlKvGLLrVm3bZ2Mto2ECN-zv6TKIHAPr9-IQBJ4Qbi7ooXVvVqovPae3II5_M55RVIf73qkqGcZ8lJggUcB_ymRB2xVURDyniAES8wpuk-ouFfG9djICiW_lJWoaFRo4/s400/untitled.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5367003225447767282" /></a><br />Na faltou alimentação saudável e abundante produzida pelos próprios agricultores na região da BR 429, em Costa Marques, freqüentando a quarta assembléia geral do projeto Natureza Viva do Vale do Guaporé. <br />Exceto o peixe no domingo, comprado aos pescadores Guaporé, todos os alimentos e bebidas nos dias do encontro foram alimentos orgânicos, produzidos sem a utilização de pesticidas, após recuperação de terras e técnicas para cuidar do meio ambiente.<br />Para se encontrar, os participantes percorreram até 220 quilômetros de estrada empoeirada. Porém uma vez iniciado o encontro, junto aos técnicos que lhes orientaram con métodos ecológicos, cada familia apresentava com orgulho uma mostra dos frutos e produtos orgânicos de suas árvores, hortas, pastos e galhineiros, que depois lhes serviram de base para a comida da reunião.<span class="fullpost"> <br />Na troca de experiências realizadas por cada agricultor em sua terra, não faltaram relatos de fracassos, como a família que plantou maracujá, e viu todas as plantas morrerem sem alcançar métodos naturais combater a causa da doença. Também dos fracassos a gente deve tirar aprendizagem.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh16tLYbBgxRg1VOqINXvTYXMqFNqiUStJ3G7LPpX59_HjkZ-3BUPXWJRe4ffC-zUzQnXNSbWapP13aIRECbqoSUT9O226hvTin7TU_jEUUlkV_T40v2Q0RP3S6w4V5f3BVsQ_2P8TiSIc/s1600-h/untitled3.bmp"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 202px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh16tLYbBgxRg1VOqINXvTYXMqFNqiUStJ3G7LPpX59_HjkZ-3BUPXWJRe4ffC-zUzQnXNSbWapP13aIRECbqoSUT9O226hvTin7TU_jEUUlkV_T40v2Q0RP3S6w4V5f3BVsQ_2P8TiSIc/s320/untitled3.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5367005567111913634" /></a><br />Mais sucesso e felicidade tiveram aqueles que viram revitalizar seu café e produzir grãos de melhor qualidade, depois que eles pararam de utilizar herbicidas, colocaram adubação verde e utilizaram sombreamento nas prantas. Uma cooperativa, Coacaram, comercializa os seus produtos com preços significativamente melhores.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKbpc_AyuPcEYSVGHU4byM6x3Xv1BdHzk_bn1_IIiuImRVSbIxH-7F2Xj4eH3DX3ggxpbcIfkCh9IzYBh1mHdD4bTuOA-ZkhgcALDWAlBwJbN3hv1qTVzcbJ9WcJ1r98JtUqJ6Xaod_80/s1600-h/untitled2.bmp"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 149px; height: 140px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKbpc_AyuPcEYSVGHU4byM6x3Xv1BdHzk_bn1_IIiuImRVSbIxH-7F2Xj4eH3DX3ggxpbcIfkCh9IzYBh1mHdD4bTuOA-ZkhgcALDWAlBwJbN3hv1qTVzcbJ9WcJ1r98JtUqJ6Xaod_80/s320/untitled2.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5367003338356305922" /></a><br />Outro momento importante foi a troca de sementes selecionadas: O Urucum, corante natural cada vez mais valorizado economicamente, ou as sementes que algumas famílias tinham guardado desde o tempo de seus avós, assim como os diferentes ramos de mandioca esquecidos, e algumas sementes de hortaliças, plantas caipira e espécies quase desconhecidas, como o camu-camu, um suco de frutas vermelhas com elevada concentração de vitamina C.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitakvu7jVzvSdDmGX8iL0gLX-avcAMHQaQK22bmFxrPIzi-A8IM43OMEgKCqf4cXqCLesf0XUAkdCKIZa-nO85R0Q7dOd6oCFQq5P0nTPoMrNWF4yBWTEMq9hZAvwzyyCnkJPChyYQdNc/s1600-h/untitled5.bmp"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitakvu7jVzvSdDmGX8iL0gLX-avcAMHQaQK22bmFxrPIzi-A8IM43OMEgKCqf4cXqCLesf0XUAkdCKIZa-nO85R0Q7dOd6oCFQq5P0nTPoMrNWF4yBWTEMq9hZAvwzyyCnkJPChyYQdNc/s320/untitled5.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5367004893572553746" /></a><br />O sábado à tarde fomos visitar o principal monumento histórico da região: O Forte Príncipe da Beira. E também a Lagoa Azul, a pequena propriedade de Seu Bernardo, um pioneiro da ecologia, que em bem pouca terra conseguiu plantar milhares de árvores e imensa variedade de espécies vegetais. Com habilidade com a sua esposa fabricam mobiliário artesanal com produtos extraídos da floresta e conseguindo viver com dignidade. "Antes me chamavam de doido, quando eu subia nas árvores para recolher sementes. Hoje não o faço mais sozinho, me acompanham estes jovens que estão estudando na Escola Família Agrícola e envolvidos no projeto Natureza Viva" dizia com orgulho de mestre auto-didata.<br />A Assembleia reafirmou a minha esperança na agricultura familiar e ecológica, como a melhor alternativa para este mundo mergulhado na crise alimentar, devido à especulação e consumo excessivo. <br />Nestes dias, quase de férias, este grupo de 24 famílias (mais algumas outras famílias interessados em conhecer o seu trabalho) foi realizada a preparação para o quarto ano deste projecto de agroecologia, que financia um Comité de Ajuda ao Desenvolvimento da Conferência Episcopal Italiana.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGBDU77fbtkAqKpPPl7nRYhvr5ua-k-kSz8Dn7vd08PGc583GzCrMnYUQFwKzolsQ0DZNub4piGvgLD-dK5h6g5l0t2Q09h_kAIKeD66vEEb6Kp5MhypOZ5DAorrvjcqS4lI7cnd1aVGw/s1600-h/untitled4.bmp"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGBDU77fbtkAqKpPPl7nRYhvr5ua-k-kSz8Dn7vd08PGc583GzCrMnYUQFwKzolsQ0DZNub4piGvgLD-dK5h6g5l0t2Q09h_kAIKeD66vEEb6Kp5MhypOZ5DAorrvjcqS4lI7cnd1aVGw/s400/untitled4.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5367005879683964610" /></a><br /><br /></span>Divino do Guaporéhttp://www.blogger.com/profile/16733427170788466300noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-4443209870747050599.post-18993464501446880062009-07-12T20:16:00.007-04:002009-07-12T20:46:46.810-04:00Morreu Seu Romão, líder quilombola<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6wS9Cy-CApFYXrKe2b23Y3P2gC3qYV9seC4vHRkygQx7t1tIuiwT3T1zwJHu_T9i9zky1cf8VkR2QyR1m6pSPYRg-Z1B58SDwJiyoVuxpHhn0hm1SomAz3X-oMCYpt3YT-wLsyMW0nLg/s1600-h/romao.bmp"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 141px; height: 189px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6wS9Cy-CApFYXrKe2b23Y3P2gC3qYV9seC4vHRkygQx7t1tIuiwT3T1zwJHu_T9i9zky1cf8VkR2QyR1m6pSPYRg-Z1B58SDwJiyoVuxpHhn0hm1SomAz3X-oMCYpt3YT-wLsyMW0nLg/s400/romao.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5357737223495839602" /></a><br />Parece que vítima do mal de chagas, uma destas doenças esquecidas das regiões tropicais, morreu Seu Romão Calasanç, liderança da comunidade quilombola de Santo Antônio do Guaporé.<br />Seu Romão era um dos muitos filhos e filhas que teve Paulo Calasanç, que em 1902 já tinha nascido em São Antônio do Guaporé. Hoje boa parte dos moradores da comunidade são descendentes dele.<br />Nos anos mais críticos da comunidade, quando foi criada a Reserva Biológica do Guaporé, seu Romão conseguiu unir a comunidade, e com ajuda do Pe. Paulo Verdier e de Dom Geraldo, bispo de Guajará Mirim, resistir durante décadas ao Ibama, evitando a expulsão do seu território tradicional.<br />Quando um dos seus sobrinhos foi assessinado, possivelmente por um pescador furtivo, Romão adotou o filho do seu sobrinho. Lá pelo mês de maio consegui visitá-lo em Porto Velho, em casa de sua irmâ, onde parava fazia mais de ano, depois de tiver precisado tratamento por problemas de coração. "Estou me cansando muito" me diz. Estava esperando uma cirurgia que não chegou a tempo para ele.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8XA8AQ7weq4HBr5KftZ5CylKh2M8XrMwEF40zvAJvbeDLiMq82T197GerrIW5N7WvAUp5kILNEtea_qCntQOdrLqr4ExjwLIpf40dG3uoelH8NGEii8rtV4Taw17BFrgzGiLguoO6em0/s1600-h/romao2.bmp"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8XA8AQ7weq4HBr5KftZ5CylKh2M8XrMwEF40zvAJvbeDLiMq82T197GerrIW5N7WvAUp5kILNEtea_qCntQOdrLqr4ExjwLIpf40dG3uoelH8NGEii8rtV4Taw17BFrgzGiLguoO6em0/s320/romao2.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5357737563390596738" /></a><br /><span class="fullpost"><br />Seguramente morreu do Mal de Chagas, esta doença transmitida pelo barbero, que parecia não exitir em Rondônia. O chagas pode tardar anos em aparecer e na pior das situações, acabar dilatando o coração e provocar a morte.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSUyzX3tuY4aisFEUZnf1kjpCkDLcGu_l6NSJU3zhWYC7PXfOF1VoMvo7tKPiIJPXVGLArbCWu_lkPaMRURYH1dQ44hcffgJJttyvljvNxxmuiMenJKhPtnspH1T5SeyFcuzJf9N6pLM4/s1600-h/romao3.bmp"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 160px; height: 120px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSUyzX3tuY4aisFEUZnf1kjpCkDLcGu_l6NSJU3zhWYC7PXfOF1VoMvo7tKPiIJPXVGLArbCWu_lkPaMRURYH1dQ44hcffgJJttyvljvNxxmuiMenJKhPtnspH1T5SeyFcuzJf9N6pLM4/s400/romao3.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5357738701568592018" /></a><br />Esta é uma das doenças que preocupa a OMS (Organização Mundial de Saúde)dentro do seu Departamento de Control de Doenças Tropicais Desatendidas. "(Negligenciadas)", me confirma o doctor Pedro Albajar, un médico brasileiro-catalão que esteve por dois anos trabalhando no Vale do Guaporé. Hoje ele acompanha desde a sede da OMS a situação mundial desta doença, que afecta alguns dos grupos mais humildes da humanidade. Será que entre eles também os quilombolas do Guaporé?<br />Fotos: Seu Romão e o seu afilhado em Santo Antônio. Em Porto Velho este ano, com sua irmâ e sobrinha. Alguns de seus irmãos, irmâs e uma sobrinha, na sua casa, durante a passagem da Coroa do Divino.<br /></span>Divino do Guaporéhttp://www.blogger.com/profile/16733427170788466300noreply@blogger.com0