A finais de agosto chegamos a Guajará com uma turma de amigos catalãos. A frente da turma estávam Ramon i Celia, um casal que tinha trabalhado como voluntário por dois anos no centro "Despertar". Aqui em Guajará é onde nasceu o seu primeiro filho Oriol, faz doze anos. Viajando pelo rio, pescamos, descansamos e também estivemos realizando alguns pequenos projetos.
O rio Guaporé estaba bastante seco e o trecho da cachoeira do Forte Príncipe da Beira já estava difícil para passar.
En Renascença visitamos uma pequena comunidade de seringueiros, onde faltava instalar placas solares. Um dos catalãos, o Nic, é professional da energia solar e nos oferece boas orientações para nosso trabalho.
Já nas comunidades indígenas de Ricardo Franco y de Sagarana, outro catalão é o chefe de instalação de dois bebedouros de água fria para as escolas. Não sesultou muito fàcil, pois faltavam algumas das peças que ia precisar. Porém bom professional consegue dar o seu jeitinho.
Em Surpresa, Célia dedica umas horas a especialidade dela e oferece um cursinho de artesanato para as mulheres da associação AMJOS. Enquanto aproveitamos com o marido dela, Ramon, para visitar o sítio do Nazareno, um agricultor que está começando a se dedicar à apicultura. Com Ramon, que é experiente apicultor, conversam sobre os problemas das caixas de abelhas, e se puderem, eles teriam ficado dias inteiros conversando sobre o assunto.
Já pelo Rio Mamoré, seguimos descendo de barco para Guajará Mirim. Onde chegamos depois de uma noite com muitos carapanás, acampados numa praia do Rio Negro Sotério.
Guajará Mirim é porto de comerço entre Brasil e Bolívia. Para frente o rio deixa de ser navegável: Vinte cachoeiras, cheias de pedras e de perigosas corredeiras fazem impossível a navegação até Porto Velho e o resto do Amazonas.
Em Guajará é contínuo o movimento comercial de exportação e importação com a gêmea cidade boliviana de Guayará Merín. As mercadorias, a espera da ponte internacional, viajam em pequenas embarcações. També é constante o tráfego de turistas brasileiros que procuram na Bolívia produtis importados a bons preços.
Em Guajará finalmente posso recolher uma encomenda de janeiro: Um cartaz de madeira talhada pelo artista boliviano Júlio César, com o nome do barco "Dom Roberto".
Porém minha principal preocupação é conseguir um mecânico que venha instalar o cambio automático de marchas do barco. Em Costa Marques ninguém foi capaç de fazer a instalação. Aqui finalmente aparece um mecânico disposto a tentar o serviço, depois de dois dias de procura. Ele faz um comando automâtico artesanal, e com ele, felizes voltamos para Costa Marques.
domingo, 14 de setembro de 2008
Guajará Mirim
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