Logo que reduziram as queimadas, as chuvas aumentaram. Este periodo era o pior tempo do ano em Rondônia, quando as queimadas multiplicavam-se por todos lados
Calor asfixiante e fumaça convertiam o ambiente em irrespirable. O fogo se alastrava sem controle, queimando pastos, cafezais, árvores e a floresta reseca. Ninguém conseguia segurar o fogo.
Contra minhas próprias previsões, este é o segundo ano que a gente sentiu notável redução das queimadas em Rondônia. Deve ter sido resultado das intensas fiscalizações das autoridades e organismos públicos ambientais, aplicando rigurosas multas.
Não estou dizendo que ninguém tenha derrubado e queimado floresta: Tem pessoal teimando, sim. Porém, depois de tantos anos de pressão internacional por salvar a Amazônia, o governo do Brasil começou a aplicar alguma política efetiva de contenção da desflorestação.
O que tem sido incrível é que os resultados no meio ambiente tem chegado de forma imediata. Poucos anos atrás um comentarista de Porto Velho escrevia: calor intenso, ambiente asfixiante... Aquí o aquecimento global não é previsão científica, ele ja está acontecendo mesmo. Porém este ano as chuvas começaram mais cedo, chovendo bastante em agosto e aumentando em setembro.
Em alguns lugares está parecendo que já entramos na época das chuvas. As árvores da mata florescem por todas partes. Os agricultores alegres com os cafezais cheios de carga. Alguns já se animaram a plantar mais café: até pouco o fogo era uma ameça constante, impedindo culturas permanentes. Por todas partes os pastos estão verdes, as vacas gordas, de ubres cheias de leite. O nível do Rio Guaporé está alto para o tempo e parece que já não secará mais este ano.
Valeu o sacrifício de começar a parar de derrubar e queimar a mata. A luta do mundo pela Amazônia começa a dar resultados. E o ambiente está respondendo com generosidade, com chuvas abundantes. A natureza agradece.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
A natureza agradece
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