quinta-feira, 6 de março de 2014

Que tal devolver a navegação ao povo do Guaporé?

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terça-feira, 26 de março de 2013

QUILOMBO DO PIOLHO, RESISTÊNCIA AFRO NO VALE DO GUAPORÉ

Esta é uma homenagem à Teresa de Benguela, mas também às Marias, Tia Felicidade, Mariana Crioula, Zeferina e muitas outras quilombolas que lutaram heroicamente pela libertação do povo negro.

Aleks Palitot, publicado em newsrondonia

O Quilombo do Piolho era constituído por africanos e crioulos, índios e caborés, fugidos das Novas Minas das lavras de Mato Grosso, onde eram escravos. O reduto abrigava uma população de quase trezentas pessoas governadas por José Piolho, substituído, após a sua morte, por sua mulher Tereza, intitulada de Rainha Viúva.
Esta é uma homenagem à Teresa de Benguela, mas também às Marias, Tia Felicidade, Mariana Crioula, Zeferina e muitas outras quilombolas que lutaram heroicamente pela libertação do povo negro.
 
Teresa de Benguela foi uma líder do quilombo de Quariterê, no Mato Grosso, não se sabe se africana ou brasileira. Dizem que liderou um levante de negros e índios, instalando-se próximo a Cuiabá, não muito longe da fronteira com a atual Bolívia. Durante décadas, Teresa esteve à frente do quilombo, o qual sobreviveu até 1770, século XVIII.
 
No período colonial e pós-colonial no Brasil, os quilombos, espaços de resistência de homens e mulheres negros, reuniam milhares de habitantes, dentre eles negros/as, indígenas e brancos pobres. Estes habitantes eram denominados de quilombolas ou mocambeiros. Estes termos aparecem na documentação desde o século XVI.

O quilombo mais conhecido entre nós é o de Palmares, localizado na Serra da Barriga, em Alagoas. Este quilombo é considerado por muitos especialistas um “estado africano no Brasil”, por outros é considerado a “República de Palmares” devido sua extensão territorial. Seu líder Zumbi dos Palmares foi decapitado, no entanto a historiografia não sabe precisar ao certo como se deu sua morte.
O que sabemos é que Zumbi faleceu no dia 20 de novembro de 1695. Por isso, o dia da Consciência Negra é comemorado nesta data, com a finalidade de homenagear toda a população negra que lutou bravamente pela libertação do açoite, que liderou levantes em busca da liberdade e que construiu o patrimônio social e cultural brasileiro.
As atividades dos Quilombolas se resumiam em caçar, pescar, derrubar mato, fazer roça, plantar e colher, criar aves, fabricar aves, produzir mel e guerrear com os índios cabixis, por causa de lhes roubarem as mulheres.
O Governo Souza Coutinho, pressionado pela corte, exigia dos mineradores o aumento de produção, esta decaia por falta de braços para o trabalho. Os escravos africanos importados de São Paulo, São Vicente e do Rio de Janeiro, reduziam-se mortos pelas endemias, fugindo para as malocas de Chiquitos e Missões Espanholas ou sumindo simplesmente sem deixar vestígios.
O problema da falta de braçais se agravava, então em reunião promovida pelos proprietários de minerações e o Governador, ficou deliberado a organização de uma Bandeira para capturar os escravos fugitivos. As despesas seriam divididas entre os mineradores, o Senado da Câmara e o Governador. O comando da Bandeira foi dado ao Sargento-MOR João Leme do Prado, que escolheu como itinerário, as cabeceiras dois rios Galerinhas, Galera, Taquara, Piolhinho e Pedra, para alcançar o quilombo, tendo por guia um escravo aprisionado que, sob tortura, informara a existência do mesmo. A Bandeira era composta de mais de trinta homens. Cautelosa, deslocando-se vagarosamente, procurando pistas e sinais dos fugitivos, passou um mês para atingir as cercarias do quilombo. Aproximaram-se ao anoitecer, organizando-se em formação de leque, até cercar completamente o povoado, passaram a noite em suas posições, executando o assalto ao amanhecer, surpreendendo totalmente os seus habitantes, que apenas esboçam uma mínima reação, sendo mortos, feridos e aprisionados.
Os homens foram concentrados em baixo de uma árvore, sob a mira dos bacamartes, os mortos enterrados, os feridos medicados e as mulheres possuídas pelos sertanistas, como recompensa e presa de guerra. A rainha Teresa de Benguela, após alguns dias, morria de inanição, pois indignada, deixou de se alimentar, ante os vexames, humilhações e desrespeito que fora submetida.
A Bandeira, após averiguar as redondezas em busca de ouro, regressou a Vila Bela, onde entrou triunfalmente, sendo recebida pelo Governador, altas autoridades e senhores e proprietários de minas. Após a cerimônia de tortura dos prisioneiros no pelourinho, o corte de uma das orelhas e marcações da letra “F”, na espádua, com ferro em brasa, os escravos foram entregues aos seus donos e à noite houve baile de gala nos salões do Palácio dos Capitães Generais, em regozijo pela vitória alcançada. Era o ano de 1770. O exemplo do bárbaro espetáculo não surtiu o efeito esperado, os escravos continuaram a fugir e novos quilombos foram organizados, entre os quais destacaram-se os Mutuca.
Aleks Palitot
Historiador reconhecido pelo MEC pela portaria n° 387/87
Diploma n° 483/2007, Livro 001, Folha 098

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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

El quilombo rebelde y la defensa de la alimentación amazónica

OTRAMERICA

miércoles 28 de noviembre de 2012 El último tramo del río Iténez nos muestra dos nuevas formas de vivir en la amazonia sur unidas por dos elementos básicos en la alimentación ribereña. La de un quilombo aún en lucha por sus tierras que vive de la venta de farinha hecha de forma tradicional. Y la de los trabajadores-cuidadores del proyecto de conservación de la tartaruga amazónica, la principal fuente de proteínas en esta época para los habitantes del río.

Nuestra llegada a Santo Antonio, en las orillas del Guaporé (del lado brasileño), la hicimos escapando de la embestida de una tormenta, que unida al humo del incendio que asola la controvertida Reserva Biológica del Guaporé, tiene un aspecto acobardador para cualquier navegante.

Santo Antonio, el quilombo brasileño más pequeño en el que hemos estado, tiene una historia de resistencia y un presente de perseverancia por conseguir la titulación de la totalidad de su territorio comunitario, que fue expropiado por la creación de la Reserva Biológica do Guaporé en 1982. Josep Iborra Plans, de la Comissão Pastoral da Terra (CPT), una de las caras más activas de la Comisión, quienes hacen un tremendo trabajo de control de los derechos humanos en el estado de Rondonia, escribe acerca de Santo Antonio y su historia para situarnos en dónde nos encontramos:

[...] El problema territorial de la localidad ribereña (Santo Antonio) se arrastra desde 1982, cuando en Rondonia, en la frontera con Bolivia, fue creada la Reserva Biológica do Guaporé, ocupando los territorios de la comunidad de Limoeiro, en el Río San Miguel, y de la comunidad de Bacabalzinho y Santo Antonio, en el Río Guaporé. Después de que la reserva biológica comenzó a ser implementada, en 1986, los agentes ambientales del antigua STF se comenzaron a presentar, armados, para desalojar a las familias que vivían en el interior de la reserva. Solamente las familias de Santo Antonio do Guaporé conseguirán resistir y permanecer en la zona. [...]

La comunidad estaba en situación precaria, en territorio registrado como de propiedad del Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) y dentro de una Reserva Biológica, o como dicen, una Unidad de Conservación de Protección Ambiental Integral (REBIO), siendo que en este tipo de unidades de conservación está prohibida cualquier actividad humana, a excepción de investigaciones y estudios. [...]

Esto significó un problema para la comunidad, que fue viendo todos sus derechos y su supervivencia amenazada por la Reserva, tanto que el Ibama, responsable de la unidad, pasó a considerar a los moradores de Santo Antonio como invasores de la misma, dentro de la propia comunidad donde nacieron y criaron a sus familias.

La vida de los habitantes de Santo Antonio estuvo sujeta al buen entender o a las arbitrariedades del jefe de la unidad de conservación que toleraba la existencia de la comunidad y restringía poco a poco todas las actividades, pues legalmente "no se podrían ni criar gallinas dentro de la unidad". Ni que decir de las actividades agrícolas, la caza y la pesca que se vieron completamente restringidas, siendo obligados los habitantes a vivir y trabajar en la clandestinidad".

La situación legal de la comunidad solamente comenzó a cambiar después de superar la nueva amenaza de desalojo de la Rebio do Guaporé, en 2003, y conseguir el reconocimiento por la Fundação Palmares como comunidad quilombola, con el Certificado de Autorreconocimiento Étnico del 16 de abril de 2004. Santo Antonio fue la primera comunidad quilombola reconocida en Rondonia. [...] Hoy son siete las comunidades quilombolas reconocidas en la región:  Forte Príncipe da Beira, Santa Fé, Comunidade de Jesus, en el Río São Miguel, Santo Antônio, Pedras Negras, Rolim de Moura do Guaporé y Laranjeiras. [...]

Ya en 2011 se falló en el caso a favor de titular parte de las tierras a Santo Antonio, con el caso aún abierto de recuperación de los terrenos de uso tradicional de la comunidadLa demarcación del territorio de la comunidad quedó paralizada durante años entre la propuesta del INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), que defendía el derecho a 41.600 ha y la propuesta del ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) de apenas 3.495 ha.

El MPF (Ministerio Público Federal) defendió la inmediata titulación del área de 3.495 ha (sin perjuicio del resultado final de la controversia sobre el total del territorio) y el derecho de participación de la comunidad en las sesiones de arbitraje que debate el territorio de la comunidad.

Hoy en día En Santo Antonio encontramos una comunidad humilde y trabajadora, que puede salir a pescar tranquilamente en su territorio, y que -como nos muestra Don Armando- pueden cultivar variedades de mandioca en terrenos de cultivo propios que les sirven para dar vida a la Casa da Farinha (la farinha es el acompañamiento de casi cualquier comida en esta parte de la amazonia).
Aquí se produce una de las farinhas más preciadas de todo el río, ya que está hecha con el método tradicional. Método que lleva más de 6 horas de torrada manual para un saco de 30 kilos, más los dos días de fermentación de la misma sumergida en el río, un día de prensado y su tamizado para quitar impurezas. Un trabajo del que fuimos testigos y que culmina en la torrada de la farinha a las 3 de la mañana, trabajo que se demora hasta las 12 del mediodía para completar un saco.

Conservación de una indispensable

Con la amabilidad propia de las comunidades quilombolas que experimentamos en la orilla brasilera nos metimos de nuevo al río, y a los pocos días antes de llegar a Costa Marques (nuestro destino final a remo) nos encontramos con los simpatiquísimos trabajadores del proyecto de conservación de la Tartaruga (Podocnemis expansa) en el Río Iténez.

La playa de tartaruguinha es el lugar elegido por más de 15.000 tartarugas para criar este año 2012. Llegamos justo a tiempo para colaborar en el trabajo de los vigilantes (bolivianos y brasileños) y que son todos moradores de la TCO Itonama o de los quilombos cercanos. Su trabajo consiste principalmente en estar atentos a los posibles furtivos que quieren aprovechar esta época de desove, en la que las tartarugas salen a solearse para madurar antes los huevos de su interior, para hacer negocio en poblaciones cercanas como Costa Marques con gran demanda comercial. Y en estar presentes en las últimas horas del desove diario para ayudar a aquellas tartarugas que, exhaustas, tratan de volver al agua tras poner unos 130 huevos de media de los que apenas una mínima cantidad llegarán a adultos.

La razón fundamental por la cual está considerada en peligro de extinción, al igual que muchas otras especies de vertebrados de la Amazonia, se atribuye principalmente a la caza comercial, que en algunos lugares se efectuaban desde la época de la conquista. Según la lista mundial más reciente de especies de vertebrados amenazados de la UICN (Groombridge, 1993), P. expansa se encuentra clasificada en situación de peligro de extinción. (Biología y manejo de la tortuga Podocnemis expansa, 1997).

La tartaruga es para los moradores de estos ríos, comunidades y quilombos (que viven en incomunicación por tierra y en gran sintonía con su medio), una de las principales fuentes de proteínas durante la época seca. Es por esto que playas como la de Tartaruguiña, son vitales para la supervivencia de los habitantes del río y para el equilibrio natural del mismo.

La presencia de estos animales en el río tiene una importancia para sus moradores (humanos y no humanos) como la presencia de peces en los mares. Son el sustento alimenticio de miles de familias en una amplia época del año, ejercen un trabajo de dispersión de semillas fundamental para diferentes especies vegetales y sirven de alimento para muchísimas especies de aves, peces, mamíferos y reptiles. Una posible extinción o merma considerable de estos animales supondría un desequilibrio inmediato. Así, por ejemplo, se vería un aumento de la caza de otras especies terrestres o no, que en este periodo tienen su momento reproductivo y que gracias a la presencia de la tartaruga como alimento principal no se ven tan presionadas y que garantizan el alimento en otras épocas.

Encontramos una sociedad ribereña (rural) con una mayoría de gente consciente de los lugares buenos para su captura, y de dónde conviene no adentrarse para que puedan reproducirse y asegurarse el recurso en el futuro, aunque no siempre depende de ellos la conservación de su medio.

Fin de etapa

La experiencia de movimiento autónomo en el río nos deja con la sensación de haber alcanzado un acercamiento más personal a las comunidades, y con la alegría de haber podido realizar un sueño que se planteó desde que el momento en el que tocamos el río Paraguay.
Llegamos a Costa Marques. Fin de etapa a remo y donde pasamos varios días antes de intentar bajar hasta Guayaramerín por el río Iténez y el bajo Mamoré.

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terça-feira, 6 de novembro de 2012

O Guaporé em Junho 2012

Por do sol em Santo Antônio do Guaporé. 
Em Junho estivemos no Guaporé, com o Padre Edmilson, pároco de Costa Marques, visitando as comunidades de Santo Antônio do Guaporé, Versalles, Pedras Negras e Mateguá.

Como fazia meses que não recebiam viositas nem atendimento, a desolação nas capelas era bastante grande, porém eles resistem no seu estilo de vida tradicional. Abaixo, o Célio de Pedras Negras, nos mostrou como se faz uma cerca para a horta, rachando tabocas, para impedir a entrada das galinhas do terreiro. Eles não precisam comprar e trazer de longe uma cerca de arame.

Construção tradicional duma cerca para horta, sem arame. 

O construtor é o Célio, morador de Pedras Negras.
Algumas das capelas precisam de cuidados urgentes de restauração. A majestosa igreja de Sãso Francisco de Pedras Negras já está programando o trabalho para estar pronta para a próxima festa do Divino, de 2013, que terá a sede na localidade.
Igrejas de Pedras Negras.
A Igrejinha de Santo Antônio precisa também com urgência trocar as táboas, ou construir as paredes com material.

E não falta a criançada a crescer e manter vivo o futuro.

O Víctor, piloto do barco, e o Padre Edmilson, diante do Dom Roberto, que mais uma vez navegou pelo Guaporé com a Equipe da Pastoral Fluvial.


Majestoso e bolo, o rio Guaporé aguarda tempos melhores para o atendimento. A próxima visita da equipe de Costa Marques está programada para o mes de dezembro, que deve acontecer a Festa de Nossa Senhora da Conceição em Pedras Negras. 

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O Rio Guaporé e as comunidades quilombolas e bolivianas

Després de força mesos he pogut tornar al Riu Guaporé. La conca del Guaporé neix al Mato Grosso i desemboca al Riu Mamoré, aquest al Madeira i després de milers de quilòmetres, finalment a l'Amazones. Estem en plena època de pluges el riu ha pujat set o vuit metres de nivell, com és normal en aquesta època. Quasi a tot arrreu les aigues han inundat els boscos de ribera dels marges, formant els "igapós", els boscos formats per arbres resistents a les inundacions de cada any. El nivell de les inundacions puja més o menys segons les pluges de cada any. La crescuda de les aigües i la pujada o baixada del nivel de les aigües del riu aquí forma part de les converses habituals, com aquell que parla del temps.



Entre la varietat de plantes flutuants o adaptades a aquesta pujada i baixada de les aigues, com l'aguapé o tarope, i la tabacana, que els seringueiros utilitzaven per fumar, hi ha una varitat d'herba coneguda com arròs d' ànec. L'herba va creixent i allargant-se al ritme de la pujada del nivell de les aigües. Diuen la gent de la regió que si l'herba para de créixer i les aigües la cobreixen, la planta mor. Però l'arròs d'ànec sap conèixer quan el riu parará de créixer i aleshores floreix i grana semblant a l' arròs. Per a la gent quan l' arròs d' ànec para de créixer i grana és un senyal clar que l'aigua ja no pujarà més amunt. Com la planta ho coneix, això és un misteri de la naturalesa.



Un igapó, bosc inundat.

A les poques illes de terra ferma, que no s' inunda, és on es concentra la població, les comunitats riberenques. Però molts dels indrets on antigament hi havia les col.locacions, o casa de "seringueiros", avui estan abandonats. La majoria de les famílies que encara viuen aquí són d'origen afroamericà. descendents dels antics esclaus portats de l' Àfrica pels portuguesos, que havien treballat a les mines d'or de Vila Bela, a les capçaleres del Guaporé, o a la construcció del Forte Prícipe da Beira. Ben aviat el Guaporé es va convertir en un espai on els antics esclaus fugien i aconseguien viure en llibertat: eren les comunitats quilomboles. La més famosa del Guaporé fou la del Riu Piolho, que va enfrentar durants anys el poder dels portuguesos, essent liderada per una dona: Tereza de Benguela. Quan l' or es va esgotar a Vila Bela, els blancs van fugir de la regió, endémica d'algunes malalties conegudes com a "màculo" o "corrupção". Tan sols els negres i els indígenes van restar a la regió, on van anar arribant antics esclaus de tot el Brasil en busca de llibertat.



Casa de la comunitat quilombola de Santo Antônio do Guaporé

Avui dia set comunitats han aconseguit el reconeixement oficial de comunitats remanescents quilomboles, i fa alguns anys la majoria estan tramitant la titulació definitiva dels seus territoris tradicionals: Laranjeiras, Rolim de Moura do Guaporé i Tarumá, Pedras Negras, Santo Antônio do Guaporé, Santa Fé i el Forte Príncipe da Beira. Tan sols la Comunitat de Jesus, del Riu São Miguel, ha rebut aquest títol complint els drets reconeguts per la constitució brasilera. Bona part dels problemes de les comunitats és que van ser creats parcs naturals a la regió, sense que fossin tinguts en compte els drets dels seus habitants tradicionals: Laranjeiras està dins del Parc Estatal de Corubiara, Santo Antônio dins de la Reserva Biològica del Guaporé, i Pedras Negras dins d'una reserva estrativista.



Aquesta realitat contrasta amb les comunitats bolivianes de l'altra banda del riu. El Guaporé és un riu de frontera, baixant el riu a l' esquerra és Bolívia i a la dreta Brasil. Pels bolivians, el Guaporé rep el nom de Riu Iténez. I al marge esquerra bolivià també és una regió de parcs naturals. Més amunt el Parc Natural Noel Kemp, aquí el Parc Integrat de l' Iténez, que combina força bé els drets de les comunitats indígenes, com els itonames de Versalles i de Mateguà, amb la conservació d'aquestes meravelloses i extenses àrees fluvials del Guaporé.

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A irmandade do Divino

13/04/2012 · A Irmandade do Senhor Divino Espírito Santo do Vale do Guaporé e Dionisio Faustino, Presidente do Conselho Geral, agraciados com a Ordem do Mérito Marechal Rondon
A informação e fotografias são de Beto Bretanha, incansável digulgador da rande tradição de Rondônia.
Dionisio Faustino, Presidente Geral das Irmandades, mostra a homenagem recebida pelas Irmandades.
Uma das mais justas homenagens que já se viu nestas Terras de Rondon foi a outorga da Ordem do Mérito Marechal Rondon, a maior honraria que este Estado presta a pessoas e entidades que contribuem ou contribuíram para o desenvolvimento do Estado de Rondônia por meio da religião, por sua coragem, ou através da economia, política, cultura e história à Irmandade do Senhor Divino Espírito Santo , na pessoa do seu Presidente do Conselho Geral, Dionísio Faustino. A comenda tem como ícones a Cruz dos Templários, a efígie de Rondon e o contorno estelar do Real Forte Príncipe da Beira, representando a fé, a coragem e a história sobre os quais se assentou o desenvolvimento e o progresso na região.
Dionisio Faustino, Presidente Geral das Irmandades do Divino do Guaporé.
O culto ao Divino Espírito Santo , evocando o Pentecostes, quando o Espírito manifestou-se aos apóstolos como línguas de fogo, teve início com a construção do templo que lhe dedicou , em Alenquer, a Rainha Isabel de Portugal, esposa de Dom Diniz, no século XIII – a Rainha Santa, reverenciada pelos portugueses e a quem se atribui vários milagres. A celebração, que no Vale do Guaporé envolve o Brasil e a Bolívia, é um Patrimônio Cultural Imaterial de Rondônia que está em processo de instrução para ser reconhecido como Patrimônio Cultural Brasileiro.

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terça-feira, 11 de outubro de 2011

“PARA O MIGRANTE PÁTRIA É A TERRA QUE LHE DÁ O PÃO” (SC)













A cidade de Porto Velho vive hoje os impactos do avanço do capitalismo. Quando falamos do avanço do capitalismo estamos falando dos grandes projetos de aceleração do Crescimento – PAC, principalmente para a grande região amazônica. Aonde tais projetos chegam sem levar em conta os povos tradicionais, os indígenas, quilombolas, ribeirinhos e a própria floresta.
Tais projetos chegam e vão impondo uma nova forma de ser e viver na amazonas, sem levar em conta a riqueza humana e natural desta região. Mas tudo isso em nome do progresso – do desenvolvimento. Perguntamos-nos: Progresso para quem? Desenvolvimento para quem e para o que? As respostas dependem dos interesses dos grupos.
Outro fator que nos provoca a pensar e agir na defesa da vida é observarmos os milhares de migrantes vindos de toda região do país, sendo na sua maioria da região do nordeste do país. Estes vêem em busca de sobrevivência, em busca de pão, pão que os sustentam e alimenta seus familiares em seus locais de origem. São homens e mulheres que muitas vezes, corajosamente se colocam a caminho em busca de dignidade e do meio mais justo e honesto de serem incluídos neste sistema capitalista – ou seja, “vendendo sua força de trabalho”.
Ao chegarem se deparam com o trabalho duro, a saudade daqueles e daquelas que ficaram e os desafios de viverem em grandes grupos muitas vezes desconhecidos – anônimos.
Muitos buscam na fé a superação dos desafios e na esperança a certeza de vencerem cada dia a sua jornada e assim realizarem aquele sonho que os motivaram a sair e vir trabalhar em terras distantes. Outros, mais jovens não conseguem superar estes desafios e muitas das vezes busca sobreviver entregando as bebidas e outras formas de esquecer a dureza. Na verdade são vidas sacrificadas no altar da ganância do próprio capitalismo.
Ao andar pela cidade de Porto Velho, ruas, avenidas e praças podemos sentir e ver o quanto o “progresso” que não é destinando a todos e todas as pessoas mas tão somente a uma minoria que concentra em suas mãos o poder econômico, vemos trabalhadores que partem para mais um dia de trabalho mas vemos também seres humanos jogados pelas ruas, praças... lutando de uma forma ou de outra pela sobrevivência. Esta realidade tem aumentado muito são centenas e centenas de homens e mulheres vitimizadas por um sistema que exclui aqueles e aquelas que estão fora do mercado do trabalho ou não conseguiram se adaptar a dureza que é o trabalho nos canteiros de obras. Muitos destes não conseguem retornarem ao seu estado de origem restando assim às ruas e praças como sua casa comum.
Nossa missão enquanto pessoas comprometidas com a proposta do evangelho de Jesus Cristo é a defesa da vida dos mais pobres entre os pobres. Nossa missão é de ser igreja peregrina que para no meio do caminho, olha o irmão caído, cura suas feridas e o levamos conosco para cuidar dele. “Eu era migrante e tu me acolheste” (MT 25)

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