Em Janeiro subimos o Rio Pakaas Novas, descendo de Costa Marques até Guajará Mirim.
Lá celebramos os vinte e cinco anos da chegada dos Missionários Claretianos. O barco "Dom Roberto" foi registrado na Capitania da Marinha e abençoado por Dom Geraldo Verdier, nosso bispo diocesano, e o Pe. Máxim Muñoz, provincial dos claretianos de Catalunha, e os meus companheiros.
Logo iniciamos a viagem no Rio Pakáas Novas, afluente do Mamoré. Estavam o Víctor e o seu filho, Valdir Cojubim, e três espanhois: Ángel Villacampa, Francisco Ruiz e Quique Sánchez. No barco carregamos os 22 paineis solares, 22 baterias e o resto de material para instalar energia solar nas casas das aldéias de Sao Luiz e de Pedreiras, na Área Indígena Uru Eu Au Au.
Nestas aldéias moram os indígenas Oro Win. Eles sao uma etnia de apenas vinte famílias, contatados e superviventes duma massacre nos anos 70.
O difícil era chegar até lá. Vinham conosco um jovem e algumas mulheres e crianças Oro Win. Os quatro dias de viagem, desde Guajará Mirim, resultaram em seis dias, devido as cochas de capim e tarope, que ficam boiando no rio e as vezes tampando as passagens. Teve dia que tivemos que parar, mergulhar e cortar o capim enrolado da palheta mais de quinze vezes.
Porém chegamos, e começamos instalando os primeiros seis paineis solares na aldéia de Pedreiras, onde Waldemar Cabixi é o cacique e patriarca. Da aldeia de Pedreiras até Sao Luiz, nao dava para o barco continuar. Aí subimos no bote e carregamos o material na chata pilotada pelo experiente Elizeu Oro Win Cabixi. Assim, sem problemas conseguimos chegar em Sao Luiz do Pakaas Novas, onde tivemos ajuda do Chefe da FUNAI, seu Edimar, e a esposa, Dna Laura. Nos deu assistência o jovem cacique, Roberto Oro Win, completando as instalaçoes em mais quinze casas.
Finalmente na moradia de Iapó Uru Eu Au Au e do seu sobrinho, completamos o trabalho.
O material dos paineis solares é da firma Kyocera, distribuidos pela empresa paulista SOLAR BRASIL.
O finançamento da FUNDACIÓN PROFESOR URÍA, um escritório espanhol de advogacia, e a mediaçao de ONG catalana Enllaç Solidari, fizeram possível este projeto. A eles, e aos três voluntários aragoneses: Ángel, Quique e Francisco. Muito obrigados!
Fotografia: Moradia e família de Adriano Oro Win Cabixi
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
Energia solar para os indígenas Oro Win
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3 comentários:
Levar a luz a estes ribeirinhos eu acho que é increível, uma experiencia muito boa que com certeza vai mudar a vida das pessoas que acompanharam ao Pe. Zezinho nesta aventura
Projetos assim som muito importantes nos rios onde moram pessoas muito interesantes que nos lembram que é possível viver de uma outra maneira.
Os grupo indigeno dos "Oro-Win",como algun outros grupos de indios 'silvicola' mesmo estando no territorio de Amazonia Legal nao
sao mais primitivos (sendo ex-indios),mas em via de integraçao a vida nacional, ao igual que outros normais citadaos. E' o destino de
todos os povos primitivos. Atè.
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